O movimento da educação das relações étnico-raciais no currículo de licenciatura em educação física da UFJF: conhecimento, implementação e efetivação
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação
|
Departamento: |
Faculdade de Educação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00158 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14341 |
Resumo: | Essa pesquisa investigou o trabalho com a Educação das Relações ÉtnicoRaciais/ERER no currículo e na formação inicial de professores do curso de Educação Física da Universidade Federal de Juiz de Fora, especialmente após o período da promulgação da Lei 10.639 de 2003, e da criação das DCN’s ERER no ano de 2004. A partir de uma abordagem qualitativa, o percurso metodológico dessa pesquisa teve como estratégias de investigação e produção de dados a pesquisa bibliográfica; o estado do conhecimento; a análise de documentos; a realização de entrevistas semiestruturadas; e a aplicação de questionário. Para a pesquisa documental, foram acessados e analisados o Projeto Político Pedagógico da licenciatura, os planos de ensino das disciplinas obrigatórias para a licenciatura, o Projeto Pedagógico Institucional das licenciaturas da UFJF, as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Física, e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a fim de compreender como a temática das relações étnico-raciais se apresenta nesses arquivos. Para a realização das entrevistas – nas quais buscamos fomentar discussões referentes à formação docente, currículo e ERER – os sujeitos selecionados foram os/as docentes que apresentam algum indício com o trabalho dessa temática no plano de ensino de suas disciplinas, sendo entrevistados cinco docentes no total. Já o questionário foi enviado a discentes matriculados no 8º período em diante, com vistas a identificar seus conhecimentos acerca da ERER, e investigar se esses saberes são provenientes de experiências formativas do ambiente da FAEFID. Apenas três discentes responderam o questionário. Constatamos, sob o viés do currículo escrito, que a licenciatura da FAEFID não oferece uma disciplina obrigatória sobre a temática, e que, de modo geral, esses documentos não asseguram um diálogo efetivo com a temática das relações étnico-raciais, como propõe as DCNs ERER. Quanto às condutas práticas, identificamos poucas propostas de trabalho com a temática, e percebemos que elas ocorrerem a partir de iniciativas individuais, não havendo indícios de enfrentamento e construções coletivas, o que afeta diretamente a inserção da ERER no currículo de formação inicial desse curso. Como indícios positivos, os/as docentes apontaram o incômodo diante da ausência de ações e/ou do trabalho limitado que vem sendo realizado em suas disciplinas e no contexto geral da FAEFID, e demonstraram-se otimistas frente à reformulação curricular que vem sendo elaborada. Manifestaram-se também sensibilizados com a temática, e favoráveis à sua circulação nos debates da FAEFID e nas reuniões destinadas à construção desse novo currículo. |