Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Verônica Moraes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-19042018-134436/
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Resumo: |
Esta pesquisa teve como objetivo identificar, por meio de análise documental e de entrevistas semiestruturadas com docentes e coordenadores que atuam em cursos de Pedagogia em quatro universidades do estado do Rio de Janeiro UFF, UNIRIO, UFRJ e UFRRJ em que medida e como a questão racial é tratada no currículo desses cursos, de modo a preparar o professor para atuar com a diversidade pluriétnica nas escolas da educação básica brasileiras. Como resultados ressaltam-se os conflitos para incluir esse conteúdo no currículo de uma forma que fomente a intersecção entre disciplinas nos cursos analisados, de modo a tornar mais consistente a sua abordagem. Somado a isso, outros elementos revelaram-se como dificuldades para a entrada desse debate na formação dos pedagogos: as políticas de corte de investimentos na educação pública, que acarretam a diminuição de concursos públicos específicos para docentes que conduzirão essa discussão; as dificuldades para tratar da religiosidade africana e afrobrasileira junto aos estudantes de Pedagogia; a força dos Núcleos de Estudos Africanos e Indígenas no processo de inserção do tema étnico-racial nos currículos, dentre outros aspectos. Desse modo, observou-se que o tratamento conferido à questão étnico-racial pelas universidades investigadas revela um potencial para contribuir para o desenvolvimento da consciência quanto à existência do racismo em nossa sociedade e para o reconhecimento e a valorização de alguns elementos da cultura africana e afro-brasileira; no entanto, sua contribuição é menos evidente no que se refere à instrumentalização dos futuros docentes para o enriquecimento do currículo escolar, tanto no que se refere ao conteúdo quanto à forma de abordagem dessas questões. Acredita-se que somente uma mudança curricular mais profunda e apoiada numa aposta a ser sustentada pelo coletivo de docentes das universidades, poderá conduzir a uma formação inicial de professores da Educação Infantil e dos primeiros anos do Ensino Fundamental que de fato apoie esses profissionais no tratamento da temática nas escolas de ensino básico. |