Datas comemorativas e o currículo da educação infantil: Reflexões sobre pedagogias decolonizadoras e relações étnico-raciais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Saitu, Cecília de Campos lattes
Orientador(a): Oliveira, Luiz Fernandes de lattes
Banca de defesa: Pereira, José Valter, Lins, Monica Regina Ferreira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Departamento: Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13001
Resumo: O presente trabalho propõe a discussão sobre a forma como as instituições de educação infantil (nesse caso, especificamente, as públicas e do município do Rio de Janeiro) têm suas práticas curriculares relacionadas a datas comemorativas, em sua maioria, àquelas de cunho religioso-cristão, cívicas ou associadas a um modelo de família patriarcal mononuclear. Diante dessa reflexão, surge como principal questão saber quais as razões da presença de certas datas comemorativas nas práticas curriculares da Educação Infantil e compreender que consequências podem ter na formação dessas crianças, que estão vivendo suas primeiras experiências sociais fora do âmbito familiar. Afinal, que culturas são representadas e valorizadas nessas práticas? Todos os sujeitos (educadores e alunos) se identificam com as manifestações culturais presentes na escola e podem se expressar livremente diante das mesmas? A diversidade étnico-racial, cultural e religiosa é respeitada nesse contexto? Afinal, como se desenham as orientações dos documentos oficiais a respeito do currículo da educação infantil? As questões postas neste trabalho se relacionam ainda às concepções curriculares dos docentes e das instituições de Educação Infantil, tendo em vista que há muitas entrelinhas a investigar entre o currículo oficial e aquele praticado no cotidiano escolar. Relacionam-se ainda a uma reflexão acerca de qual cultura é aceita e valorizada dentro do espaço educativo formal. Para dialogar com as questões aqui colocadas, o trabalho se apoiará teoricamente na perspectiva histórica da construção da ideia de infância e de uma educação para as crianças pequenas no Brasil, e também, nos conceitos de currículo, colonialidade e racismo epistêmico.