L’espérance-macadam e L’exil selon Julia - representações do antilhano em duas obras de Gisèle Pineau

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ribeiro, Novalca Seniw lattes
Orientador(a): Rocha, Enilce do Carmo Albergaria lattes
Banca de defesa: Gonçalves, Ana Beatriz Rodrigues lattes, Almeida, Claudia Maria Pereira de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4633
Resumo: Esta dissertação analisa duas obras da escritora franco-antilhana Gisèle Pineau (L’espérance-macadam e L’exil selon Julia), inserindo-as no contexto mais amplo da nouvelle littérature antillaise que, mesmo “[...] afirmando seus laços culturais, notadamente com as tradições literárias ocidentais e a cultura popular africana, [...] proclama a sua individualidade” (LUDWIG, 1994, p. 15). Com isso, pretende-se compreender o projeto literário da autora sob a luz da proposta de repensar as representações do ser antilhano no mundo, considerando que a literatura é não só o locus de construção do imaginário e lugar de crítica, mas também um espaço onde se abrem e se vislumbram novos debates concernentes à construção identitária. A análise do corpus literário foi articulada à busca e à afirmação de identidade, em face do processo assimilatório vivenciado pelos antilhanos, e à violência histórica do processo colonizador, que impôs uma série de valores os quais se manifestam na sociedade antilhana. Para tanto, elaboramos a aproximação crítica entre as duas obras de Gisèle Pineau e o pensamento de Édouard Glissant, focando em três pontos desenvolvidos por ele, a saber: a mentalidade de assistidos que se refere à dependência em vários aspectos do antilhano em relação à França; o delírio verbal coutumier que se manifesta em sociedades que vivenciaram o processo histórico da colonização e que evidencia o desequilíbrio não só do individuo, bem como o da coletividade no qual esse indivíduo está inserido e, por último, a história (não-história, recusa da história e apropriação da história), que prefigura uma busca de si e da busca da memória coletiva. Trata-se, pois, de compreender os mecanismos de alienação do antilhano e as suas estratégias de conservação no dia a dia da existência.