Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Karolyne Porpino de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/29181
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Resumo: |
A temática do exílio está intrinsicamente ligada à história (pós)colonial antilhana, tendo sido examinada em diversas e numerosas obras literárias da região. Partindo deste contexto, esta pesquisa centra suas atenções na narrativa L’Exil selon Julia (1996), de Gisèle Pineau (1956), para estudar diferentes manifestações da tessitura do exílio, tais como: o sonho caribenho do Eldorado francês, o exílio à revelia e o exílio por procuração. A análise articula-se a partir da metáfora de duas figuras distintas e seus respectivos imaginários. De um lado, a perspectiva crioula, representada na figura de Manman Dlo, deusa das águas que pode ser associada no sincretismo à Iara ou à Yemanjá e, do outro lado, a personagem Fée Carabosse, espécie de fada maligna associada ao contexto europeu. Narrada pela neta, a obra adota a visão de uma avó guadalupense, vítima de violência doméstica, levada pela família, a contragosto, para a França metropolitana. Vítima de uma espécie de desenraizamento incurável, a personagem recusa a assimilação e preenche o exílio com histórias do país natal transmitidas aos netos. Adota-se como premissa metodológica a visão de intelectuais caribenhos (Césaire, Fanon, Glissant, Chamoiseau, Confiant, Bernabé, Maximin, entre outros) sobre o tema, a fim de acrescentar novas perspectivas aos paradigmas eurocêntricos e elevar a avó ao posto de contadora de histórias ou historiadora oral capaz de travar embates epistemológicos. |