O jardim como espaço terapêutico: seus benefícios e suas qual idades espaciais paisagísticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lima, Gustavo de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: PUC-Campinas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16120
Resumo: Essa pesquisa estuda o jardim como espaço terapêutico, abordando conceitos sobre ambientes restauradores nos chamados jardins terapêuticos. Desde o século XVIII, esses espaços vêm sendo implantados em monastérios, hospitais e clínicas médicas sob a ênfase da saúde de seus usuários e inúmeros trabalhos científicos relatam a importância na recuperação dos pacientes e na geração de bem-estar. A investigação tem como objetivo compreender o tema por meio de conceitos que avaliam e interpretam espaços potencialmente terapêuticos, ressaltando suas qualidades arquitetônicas e biológicas, abordando algumas teorias sobre ambientes restauradores, esclarecendo suas qualidades espaciais geradoras de benefícios, suas tipologias recorrentes e suas características projetuais, notadamente na qualificação das áreas construídas e ajardinadas. A metodologia assentou-se no processo dialético, por meio de um estudo pormenorizado, lastreando-se em bibliografias relacionadas aos conceitos de espaço, lugar e paisagem em que se enquadram os chamados jardins terapêuticos, buscando seus desdobramentos na empiria. As teorias desveladas pela revisão bibliográfica, acerca dos lugares nominados jardins terapêuticos, foram repercutidas na concretude das proposições, evidenciando suas qualidades espaciais e biológicas, buscando apontar os benefícios no processo de bem-estar dos usuários aplicados a um espaço construído no Distrito de Sousas da cidade de Campinas (SP), nominado Praça Gisele Gordon. Nele, foi construído um espaço chamado Jardim dos Sentidos, que consiste em um jardim sensorial utilizado como ferramenta no tratamento de pessoas com deficiência ou em processo de reabilitação física do Centro de Referência em Reabilitação - Jorge Ralful Kanawaty- CRR. Um edifício, implantado no meio de uma área verde, praticamente fragmenta e separa duas qualidades de jardins: um com características que estimulam os sentidos (jardim sensorial) e outro que estimula as características físicas (jardim com caminhos e academia), sendo este, bastante difundido em espaços públicos. Debruçando-se sobre as questões biológicas e espaciais, a pesquisa enfatizou as questões sensoriais através de espaços vegetados, utilizando-se também das teorias próprias à qualidade da arquitetura. Dessa forma, o instrumental teórico propiciou entender qualidades nos desdobramentos do espaço ajardinado, verificando sua aplicabilidade no referido estudo de caso, ensejando ampliar e aprofundar os conceitos e princípios para análise da qualidade e da efetividade espaciais.