Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Ramos, Bruno Duque
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Orientador(a): |
Figueiredo, André Avarese de
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Banca de defesa: |
Fernandes, Natália Maria da Silva
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Lucon, Marcos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15965
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Resumo: |
A tuberculose urogenital (TUG) tem um acometimento sequencial do trato urinário. Pelo diagnóstico difícil e tardio, pode resultar em destruição do trato urogenital e até insuficiência renal grave. Apesar de ser uma doença rara, pode acometer até 10% dos pacientes portadores do HIV. O objetivo do estudo foi identificar a prevalência de TUG em pacientes portadores do vírus HIV. Foi realizado um estudo de prevalência de TUG em dois grupos de pacientes portadores do HIV: a) portadores de sintomas sugestivos de TUG; e b) pacientes internados independente de sintomas. Os indivíduos foram submetidos a anamnese com caracterização de sintomas urogenitais e avaliação da situação da infecção pelo HIV. Foram realizados os exames de sedimentoscopia e urocultura tradicional, cultura de urina para bacilos álcool-ácido resistentes em meio de Löwenstein-Jensen (LJ) em 6 amostras de dias diferentes e testes de PCR para tuberculose na urina. Foi considerado positivo para TUG a positividade de cultura ou PCR. Foram avaliados 181 pacientes, sendo 100 pacientes ambulatoriais e 81 internados. Os pacientes internados apresentaram menor controle da infecção pelo HIV com maior porcentagem de pacientes com carga viral detectável e CD4 menor que 200Cel/mm³. Foi diagnosticado apenas um paciente com TUG, por meio de PCR positivo, mas com as seis amostras de urina com cultura negativa. Tratase de paciente do sexo masculino com 40 anos, com CD4 menor que 200Cel/mm³, que foi internado e teve diagnóstico de tuberculose disseminada com tuberculose pulmonar miliar, intestinal e TUG, sem sintomas urológicos, mas presença de hematúria e piúria estéril no exame de urina. A tomografia computadorizada de abdômen mostrou nefromegalia bilateral. Com apenas este caso, a prevalência geral da TUG nos pacientes com infecção pelo HIV foi de 0,55%. Porém, quando avaliamos outros subgrupos, temos prevalência de TUG de 1,9% em pacientes com carga viral detectável, de 2,6% em pacientes com CD4 abaixo de 200Cel/mm³, de 5,3% e 6,7% de prevalência para hematúria e piúria estéril respectivamente. Apenas um outro paciente também apresentou alteração na sedimentoscopia (hematúria ou piúria estéril) e CD4 menor que 200Cel/mm³, o que caraterizaria uma prevalência de 50% para TUG. A prevalência de TUG em pacientes portadores do HIV é baixa. Contudo, podemos ainda encontrar tuberculose dissemina associada a TUG em pacientes com descontrole da infecção pelo HIV. A prevalência de TUG em pacientes com CD4 menor que 200Cel/mm³ e alterações no EAS pode ser alta, mas não pôde ser caracterizada neste estudo, devido ao baixo número de indivíduos com essas características. |