Tuberculose Urogenital: estudo qualitativo das causas de atraso diagnóstico em pacientes com bexiga contraída

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Barreto, Augusto de Azevedo lattes
Orientador(a): Figueiredo, André Avarese de lattes
Banca de defesa: Sá, Cacilda Andrade de lattes, Truzzi, José Carlos Cezar Ibanhez
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15271
Resumo: Introdução: A tuberculose urogenital (TUG) é a segunda forma extrapulmonar mais frequente. Depois de um foco pulmonar, 2 - 20 % dos pacientes desenvolvem a doença. Após o acometimento de um dos rins, a bexiga é infectada de forma descendente, cursando com perda de função vesical (bexiga contraída) e do rim contralateral por refluxo. Objetivo: Identificar as causas do atraso diagnóstico da TUG em pacientes com bexiga contraída. Materiais e métodos: Foram avaliados 8 pacientes com diagnóstico de TUG e bexiga contraída. Os dados foram obtidos por entrevistas semiestruturadas e confrontados com análise de prontuários e arquivos médicos pessoais. As análises foram realizadas com o software ATLAS.ti versão 9. Os códigos foram divididos em 3 categorias (CAT): 1- Sistema de saúde; 2 – Fatores da doença; 3 – Fatores médicos. Todos os 8 pacientes convidados assinaram TCLE. O estudo foi autorizado pelo CEP HU/UFJF. Resultados: As 8 entrevistas produziram 220 min. de áudio e 1,3 GB de documentos digitalizados. As categorias mais frequentes foram “CAT 3-Fator médico”; “CAT 2-Fatores de doença” e por último “CAT 1-Sistema de Saúde”. Os códigos “Não suspeição clínicolaboratorial-radiológica” e “Não suspeição clínica” foram os mais frequentes na CAT 3. Conclusão: As causas do atraso diagnóstico, em nossa amostra, estão relacionadas à “CAT 3 – Fatores médicos”, seguidos da “CAT 2 - Fatores da doença”. Estes achados sugerem que o diagnóstico da TUG segue desafiador. Clinicamente a tuberculose simula outras patologias e carece de exames específicos, com sensibilidade e especificidade adequados. A baixa representação dos códigos da “CAT 1 – Sistema de Saúde” indicam que o acesso aos serviços de saúde público e privado não parece ter influência no atraso diagnóstico.