Avaliação dos níveis séricos da vitamina D, e sua correlação com fatores de risco para hipovitaminose em adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lima, Paula Loures Valle lattes
Orientador(a): Garcia, Raúl Marcel Gonzáles lattes
Banca de defesa: Bonfante, Herval de Lacerda lattes, Silva, Pâmela Souza lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
PTH
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1164
Resumo: Atualmente, a insuficiência e deficiência de vitamina D tem sido considerada um problema de saúde pública no mundo todo, em razão de suas implicações no desenvolvimento de diversas doenças, entre elas, o diabetes melito tipo 2, a obesidade, hipertensão arterial, osteoporose, osteomalácia. Na população pediátrica, a vitamina D é importante no processo de desenvolvimento e mineralização óssea. Nesta fase o tecido osseo atinge sua quantidade máxima, assim a vitamina D é considerada um fator predominante para o risco de fratura na senescência. O objetivo do trabalho foi avaliar a ingestão e níveis séricos da vitamina D em adolescentes saudáveis do sexo feminimo da idade de 15-18 anos, bem como, os fatores que podem influenciar a concentração de vitamina D: adiposidade, exposição ao sol, aplicação de filtro solar, atividade fisica. Além disso, foi avaliado a correlação dos níveis séricos de vitamina D e ingestão de vitamina D com os dados bioquímicos, pressão arterial, e com os fatores importantes para a manutenção de níveis adequados de vitamina D. A amostra constituiu de 69 alunas com idade média de 16,35. Avaliou-se dosagens bioquímicas (25-Hidroxivitamina D, paratormônio sérico, glicemia, cálcio total, fosfatase alcalina, transaminase glutâmica oxalacética, transaminase glutâmico pirúvica, creatinina, fósforo), ingestão alimentar (diário alimentar de 3 dias), realização de atividade física ( questionário estipulado por Florindo et al), análises antropométricas (peso, altura, IMC, gordura corporal), aferição da pressão arterial. Foi encontrado que 63,8% das adolescentes apresentavam hipovitaminose D. Apenas 7,24% das meninas ingerem quantidades adequadas de vitamina D. Foi observado uma relação inversamente proporcional entre PTH e os níveis séricos de vitamina D. Não foi encontrado nenhuma correlação entre os níveis séricos de vitamina D com medidas antropométricas, utilização de filtro solar, exposição ao sol, nível de atividade física, e ingestão de nutrientes (vitamina D, cálcio, fósforo). Houve uma relação inversamente proporcional entre a ingestão de vitamina D e níveis séricos de cálcio. Foi encontrado também uma correlação inversa entre a ingestão de cálcio e PTH. O estudo demonstrou uma alta incidência de hipovitaminose D nos adolescentes do sexo feminino e grande parte das adolescentes não ingerem quantidades adequadas de vitamina D. Os baixos níveis séricos de vitamina D pode ocasionar um aumento de PTH, podendo no futuro acarretar um hiperparatireodismo secundário. Uma ingestão adequada de vitamina D proporciona uma absorção satisfatória de cálcio e consequentemente uma mineralização óssea adequada. Além disso, o estudo mostrou que uma ingestão satisfatória de cálcio e importante para a manutenção da função da paratireoide.