Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Franco, Gisele de Rezende
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Orientador(a): |
Rodrigues, Marisa Cosenza
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Banca de defesa: |
Marmora, Claudia Helena Cerqueira
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Lourenço, Lélio Moura
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Murta, Sheila Giardini
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Leme, Vanessa Barbosa Romera
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Psicologia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6893
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Resumo: |
O interesse por aspectos saudáveis do desenvolvimento e da escolarização tem aumentado no Brasil e no mundo gerando importantes iniciativas de pesquisas dirigidas ao público jovem. A compreensão dos recursos pessoais e sociais vivenciados na juventude faz-se relevante por indicar condições de adaptação/enfrentamento aos desafios nessa etapa evolutiva. Na presente tese, objetivou-se identificar fatores protetivos e de risco na concepção de jovens escolares e de gestores educacionais de escolas públicas de Juiz de Fora/MG e investigar as possíveis relações entre a autoeficácia e fatores protetivos e de risco. Para tanto, quatro capítulos foram elaborados. O primeiro descreve a fundamentação teórica necessária aos capítulos subsequentes, incluindo-se a apresentação da abordagem da Psicologia Positiva e do Desenvolvimento Positivo dos Jovens, alguns conceitos centrais como mecanismos de risco e proteção, autoeficácia em contextos proativos, educação positiva e o fortalecimento da autoeficácia juvenil, bem como alguns estudos sobre fatores protetivos e de risco em jovens brasileiros. O segundo apresenta uma revisão de literatura que discute possíveis relações entre autoeficácia e recursos desenvolvimentais, a partir da busca de artigos em bases de dados. Obteve-se que essas relações são alvo de poucos estudos e que os principais recursos destacados foram as competências acadêmicas, profissionais, físicas, suporte social, respeito as normas, conexão com pessoas/instituições, valores positivos/responsabilidade. O terceiro capítulo apresenta a análise de entrevistas que investigou a percepção dos jovens sobre fatores protetivos e de risco, a relação entre autoeficácia e esses fatores, e como tais fatores predizem o senso de autoeficácia em 526 alunos do ensino médio, com idades entre 14 e 23 anos. Foram encontradas relações positivas entre autoeficácia e conexão com a escola, família, comunidade, perspectiva de futuro, e negativas com ideação suicida, reprovação, evento estressor, e dentre esses fatores, alguns foram ainda preditores da autoeficácia. Os relatos indicam a presença de riscos (falta de habilidade de resolução de problemas, combate às drogas, construção disciplinar adequada) e de fatores protetivos (suporte afetivo/instrumental, clima escolar salutar, relações positivas na escola, imagem positiva juvenil, incentivos a novos projetos). O quarto capítulo discorre sobre a investigação dos fatores protetivos e de risco dos referidos jovens segundo a percepção dos gestores. Tal investigação revelou que esses profissionais realizaram capacitações para prevenir riscos (violência/drogas) e promover qualidades positivas juvenis (progressos na aprendizagem/desempenho acadêmico), mas não conduziram programas junto aos alunos, sendo verificadas a presença de fatores de risco (uso de álcool/drogas, violência e falta de apoio familiar), de proteção (suporte social na escola e afetivo de amigos/familiares, relações positivas na escola), e de apoio da gestão escolar aos projetos docentes visando aprimorar competências interpessoais e profissionais juvenis. Por fim, são tecidas as considerações finais da tese indicando as implicações dos resultados dos estudos realizados para a prática profissional de psicólogos, docentes, gestores escolares e de políticas públicas. |