Fatores de proteção e risco relacionados à promoção de resiliência em adolescentes que sofreram aborto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lainscek, Florence Germaine Tible
Orientador(a): Amaral, Leila Rute Oliveira Gurgel do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Palmas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - PPGCS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/2275
Resumo: A adolescência se caracteriza por um período de transição entre a infância e a vida adulta, marcada por mudanças físicas, emocionais, mentais, sexuais e sociais, identificada como período de maior vulnerabilidade, em função da ocorrência de intensas e rápidas modificações. A gravidez na adolescência está quase sempre ligada ao risco de aborto. A gestação leva a adolescente a vivenciar uma reorganização de sua identidade como indivíduo, possibilitando um olhar tanto mais amplo em relação ao contexto de sua vida, quanto uma análise interna, já a vivência psicológica frente ao aborto não é uniforme, varia em função das características pessoais, eventos que estejam associados à gravidez, às circunstâncias de sua vida no momento do aborto, predispondo à riscos biopsicossociais, o que torna um problema de saúde pública. O objetivo desta pesquisa foi: conhecer fatores de proteção e de risco presentes no contexto de adolescentes que sofreram aborto e foram atendidas num serviço de saúde especializado na cidade de Gurupi - TO. Para coleta de dados foi utilizada entrevista semiestruturada, elaborada pela autora a partir do referencial teórico estabelecido e analisado sob a perspectiva da análise de conteúdo de Bardin. Foram realizados dois ciclos de entrevistas com adolescentes que tivessem passado pelo processo de aborto, no Hospital Regional de Gurupi-TO, sendo a primeira entrevista realizada entre 5 a 7 dias e a segunda 30 dias após o evento. Por meio deste estudo houve a possibilidade de se identificar como fatores de risco a idade e o nível educacional, sendo o apoio familiar e a crença religiosa fatores de proteção os quais possibilitam a adaptação psicológica da adolescente favorecendo sua resiliência frente ao processo de aborto. Observa-se que a história pregressa e o apoio familiar são ferramentas imprescindíveis para uma resolução positiva de todo o processo, amenizando o risco de sequelas emocionais.