Entre risco e proteção : ajustamento psicossocial de adolescentes em acolhimento institucional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Abaid, Josiane Lieberknecht Wathier
Orientador(a): Dell'Aglio, Debora Dalbosco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/76529
Resumo: Esta tese investigou fatores de risco e proteção ao desenvolvimento de adolescentes em medida de proteção de acolhimento institucional, através de três estudos. No primeiro estudo, verificouse a exposição a fatores de risco entre 113 adolescentes, por meio de um questionário. Além do excessivo tempo de institucionalização, foram identificados fatores de risco ao desenvolvimento como repetência escolar e exposição à violência intra e extrafamiliar. No segundo estudo, foram investigados, de forma transversal, indicadores de ajustamento psicossocial entre os adolescentes. Através de escores das variáveis autoestima, expectativa de futuro, repetência, comportamento infrator, uso de drogas e tentativas de suicídio, compôs-se um Índice de Ajustamento Psicossocial. Foi observado que o número de eventos estressores, a faixa etária e a exposição à violência extrafamiliar estavam independentemente associadas ao ajustamento psicossocial, tendo explicado 48% da variância do índice. No terceiro estudo, longitudinal, analisou-se o ajustamento psicossocial de 69 adolescentes acolhidos institucionalmente, comparando-se a estabilidade das variáveis em dois tempos, T1 e T2. Além disso, buscou-se identificar preditores do ajustamento psicossocial em T2. O modelo com maior poder explicativo (46,3%) para o ajustamento psicossocial em T2 envolveu o ajustamento em T1 e o apoio familiar. A convivência entre irmãos na mesma instituição revelou-se estatisticamente significativa para um melhor ajustamento psicossocial em T2, o que reforça a necessidade de preservar os laços familiares. Os resultados dos três estudos demonstram a necessidade de ações mesossistêmicas de políticas públicas, a fim de que a convivência familiar e comunitária seja incentivada, o que pode trazer impacto no ajustamento psicossocial dos adolescentes, além de auxiliar na tomada de decisão de cuidadores e operadores do direito.