Investigação do potencial toxicológico e atividades farmacológicas de Vernonia polyanthes Less (Asteraceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Minateli, Milene Machado lattes
Orientador(a): Sousa, Orlando Vieira de lattes
Banca de defesa: Franchini, Rômulo Augusto de Abreu lattes, Húngaro, Humberto Moreira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
Departamento: Faculdade de Farmácia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4268
Resumo: Vernonia polyanthes Less, família Asteraceae, popularmente conhecida no Brasil como assa-peixe, tem sido utilizada no tratamento de afecções do aparelho respiratório, problemas renais e gastrointestinais, feridas, fraturas e torções, contusões e luxações e, ainda, indicada como tônica, emenagoga, diurética e cicatrizante. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial toxicológico e as atividades anti-inflamatória tópica e cicatrizante e desenvolver um creme dermatológico a partir do extrato etanólico das folhas de V. polyanthes Less. Folhas secas e pulverizadas foram submetidas à extração em etanol PA por maceração estática seguida de rotaevaporação para obtenção do extrato etanólico de V. polyanthes (EEVP). Parâmetros bioquímicos, hematológicos, morfológicos e histopatológicos foram determinados em ratos Wistar após 15 e 30 dias de tratamento por via oral com 100, 200 e 400 mg/kg de EEVP. O creme dermatológico do extrato etanólico de V. polyanthes (cEEVP) foi desenvolvido nas concentrações 0,10, 0,25 e 0,50% seguido de estudo de estabilidade. A atividade anti-inflamatória tópica de cEEVP foi avaliada pelos métodos de edema de orelha induzido por óleo de cróton, fenol e ácido araquidônico, enquanto EEVP e cEEVP foram usados no ensaio da atividade cicatrizante através de induções de lesões cutâneas. Análises histopatológicas e avaliação da atividade das enzimas mieloperoxidase (MPO) e N-Acetil-β-D-glicorominidase (NAG) complementaram os ensaios farmacológicos. Na avaliação da toxicidade, EEVP não alterou os parâmetros bioquímicos, hematológicos e histopatológicos, mas promoveu modificações nos níveis lipídicos e enzimas hepáticas nos grupos tratados com EEVP. O cEEVP apresentou conformidades adequadas no estudo de estabilidade e juntamente com o EEVP demonstrou efeitos anti-inflamatório tópico e cicatrizante. Os resultados poderão contribuir com a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos através da difusão do conhecimento e da comprovação científica das aplicações terapêuticas de V. polyanthes.