Buscando cetáceos no Oceano Atlântico Sul através da bioacústica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Batista, Anna Beatriz de São Pedro lattes
Orientador(a): Andriolo, Artur lattes
Banca de defesa: Guaraldo, André de Camargo lattes, Ferreira, Giovanne Ambrósio lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11749
Resumo: Os cetáceos tem grande importância biológica, e frente ao crescimento de atividades antropogênicas que os afetam, o interesse por sua conservação vem aumentando. Para muitas espécies ainda não existem informações suficientes para definir em qual categoria de ameaça se encontram, assim, são necessárias mais pesquisas de levantamento de informações sobre cetáceos. E essas pesquisas são desafiadoras devido ao ambiente em que os cetáceos vivem. Por viverem boa parte se seu tempo submersos, existe uma dificuldade inerente de acessar informações sobre os cetáceos. O modo de pesquisa mais utilizado comumente é o de observação visual em transectos lineares, porém como todo método, este tem suas desvantagens, como a necessidade de que os animais estejam na superfície para serem acessíveis, a necessidade de luz solar, de um clima adequado a pesquisa, além de dependerem de pessoal especializado e serem custosas. A pesquisa acústica é uma alternativa, que consegue sobrepujar alguns desses problemas. Não depende de luz solar, podendo ser realizada 24 horas por dia, é mais independente de clima, é um dos poucos métodos capazes de detectar animais submersos, e é menos. Como os cetáceos utilizam o som de forma vasta na sua ecologia, é possível utilizar este método para uma série de estudos com diferentes intenções. O monitoramento acústico também está entre os métodos mais utilizados para acompanhar cetáceos atualmente, porém poucos estudos de comparação entre os dois métodos foram realizados. Foram comparadas ambas as formas de monitoramento quando foram realizadas de forma simultânea, e identificada a eficiência na detecção de cetáceos, e como o monitoramento visual se comporta em relação ao horário do dia e ao estado de mar. O número de detecções, em geral, foi maior no monitoramento acústico, porém não teve um valor significativo (p>0,05) em um teste de permutação. O método acústico permitiu detecções durante a noite, que seriam impossíveis ao visual pela falta de luminosidade, e teve um maior número de detecções quando o estado de mar estava maior. Os resultados estão dentro do esperado, mostrando que o monitoramento acústico pode ser um complemento ou alternativo ao método visual, aumento o número de detecções e maximizando o esforço, possibilitando o aumento do número de informações sobre cetáceos.