Estudo das doenças glomerulares na Zona da Mata Mineira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Carmo, Priscylla Aparecida Vieira do lattes
Orientador(a): Andrade, Luiz Carlos Ferreira de lattes
Banca de defesa: Abreu, Patrícia Ferreira lattes, Pinheiro, Hélady Sanders lattes, Cupolilo, Sônia Maria Neumann lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2872
Resumo: As glomerulopatias persistem entre as principais causas de doença renal crônica dialítica em nosso país. Traçar um perfil destas doenças assume importância não só como fonte para investigações clínicas e epidemiológicas, como também constitui-se em importante passo para o conhecimento da história natural das doenças glomerulares. O presente estudo avaliou o perfil das doenças glomerulares na Zona da Mata Mineira, estabelecendo a distribuição e freqüência dos tipos histológicos das glomerulopatias primárias e secundárias, relacionando-os com os achados clínico laboratoriais. Foram realizadas 261 biópsias, sendo que 126 delas correspondiam a rins nativos de adultos e foram consideradas para análise. A síndrome glomerular mais freqüente foi a nefrótica (55,2%), seguida da síndrome de anormalidades urinárias (28,8%). As glomerulopatias primárias e secundárias predominantes foram a glomeruloesclerose segmentar e focal (40,8%) e a nefrite lúpica (80,7%), respectivamente. Considerando-se toda a população, a GESF foi a glomerulopatia predominante (n=31; 24,6%), seguida pela nefrite lúpica (n=21; 16,6%) e pela nefropatia por IgA (n=16; 12,6%). Dentre as principais causas de síndrome nefrótica, a 10 GESF foi a glomerulopatia mais freqüentemente encontrada (27,5%), seguida pela nefrite lúpica (23,1%). Na síndrome de anormalidades urinárias, os diagnósticos mais freqüentes foram o rim normal (27,7%) e a nefropatia por IgA (22,2%). A maioria dos pacientes avaliados apresentavam algum grau de cronicidade à biópsia renal (56,3%), que se relacionou com menores valores de filtração glomerular. Este estudo forneceu informações importantes sobre as glomerulopatias na nossa região, contribuindo não só para uma adequada documentação da distribuição destas doenças entre nós, mas sobretudo para definição de melhores condutas visando terapêuticas cada vez mais específicas para diferentes tipos histológicos.