A barreira glomerular em diferentes glomerulopatias: biomarcadores em síndrome nefrótica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Zen, Renata de Cassia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-04042022-163353/
Resumo: A Doença de Lesão Mínima e a Glomeruloesclerose Segmentar e Focal são as duas principais causas de síndrome nefrótica. Ambas ainda não dispõem de um biomarcador sérico ou urinário para diagnóstico ou prognóstico, necessitando de biópsia renal para essas avaliações. Estudos com CD80 urinário foram realizados em população pediátrica com bom resultado no diagnóstico de Doença de Lesão Mínima, contudo, a pesquisa de fatores circulantes para a Glomeruloesclerose Segmentar e Focal é controversa. Dessa forma, nossos objetivos são de estabelecer se o CD80 urinário poderá ser usado para diagnóstico de Doença de Lesão Mínima e o suPAR sérico para diagnóstico de Glomeruloesclerose Segmentar e Focal em população adulta brasileira, além de determinar se esses biomarcadores têm utilidade prognóstica. MÉTODOS: Trata-se de um estudo prospectivo, no qual foram coletadas amostras de urina e sangue de pacientes internados na enfermaria do serviço de Nefrologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, no período de janeiro de 2018 a janeiro de 2020, para realização de biópsia renal diagnóstica. Foram analisados o CD80 urinário e o suPAR sérico desses pacientes à época da biópsia renal, além de creatinina e albumina séricas, relação proteína/creatinina urinária ou proteinúria de 24h à época da biópsia renal e após seis messes desta. RESULTADOS: Foram avaliados 70 pacientes e 10 indivíduos saudáveis que formaram o grupo controle. Os pacientes apresentaram uma mediana de idade de 39 (14 75) anos, creatinina sérica de 1,28 (0,45 8,5) mg/dl, albumina sérica de 2,55 (0,9 4,6) g/dl e relação proteína/creatinina urinária de 3,46 (0,19 19) g/g, sendo 43 mulheres (60,5%). Os diagnósticos das biópsias renais foram agrupados para análise da seguinte forma: 18 biópsias com Glomeruloesclerose Segmentar e Focal, 14 com Nefropatia Membranosa, 5 com Doença de Lesão Mínima e 33 que chamamos de outras glomerulopatias. Não houve diferença do CD80 entre os pacientes com Doença de Lesão Mínima versus os com Glomeruloesclerose Segmentar e Focal, Nefropatia Membranosa ou grupo controle, assim como o suPAR sérico não foi significantemente mais elevado na Glomeruloesclerose Segmentar e Focal. Entretanto, o CD80 urinário correlacionou-se positivamente com a síndrome nefrótica independentemente do tipo de doença glomerular e nenhum desses biomarcadores se correlacionou com proteinúria após seis meses de seguimento. CONCLUSÃO: O CD80 em adultos pode servir como marcador de síndrome nefrótica, porém, sem especificidade para Doença de Lesão Mínima. Já o suPAR não demonstra utilidade em avaliação diagnóstica ou prognóstica