Glomerulosclerose segmentar e focal em adultos com apresentação nefrótica e não nefrótica: característica clínica, etiologia e histologia renal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Figueiredo, Gabriel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-02022024-153528/
Resumo: Introdução e objetivo: A Glomeruloesclerose Segmentar e Focal (GESF) é uma lesão histológica renal com diversas causas e patogenicidades resultando em lesão e depleção podócitaria. Sua etiologia passa pelas formas primárias, genéticas e secundárias. Apesar de compartilharem certas características clínicas e histológicas, essas subclasses diferem notavelmente no manejo e em prognóstico. Classicamente espera-se que os pacientes que abram o quadro com síndrome nefrótica evoluam pior do ponto de vista renal do que aqueles com proteinúria sub-nefrótica, neste contexto este trabalho busca estabelecer as principais etiologias, características e evolução da doença renal nesses dois grupos. Material e métodos: Este é um estudo retrospectivo, em centro único, levantou 140 pacientes com diagnostico confirmado em biópsia de GESF, entre o período de 2009-2017. Os pacientes foram separados entre os que tinham síndrome nefrótica ao diagnóstico e os não-nefróticos, em seguida foram comparadas suas características clínicas, histológicas e evolução. Os pacientes não-nefróticos com evolução desfavorável, foram selecionados para análise ultra estrutural com microscopia eletrônica. Resultados: No período estudado, 67,1% apresentavam Síndrome Nefrótica ao diagnóstico. Foi um grupo que apresentou maior proporção da forma colapsante. A evolução para terapia de substituição renal ocorreu em 33,3% no grupo com Síndrome Nefrótica e 26,8% no grupo sem Síndrome Nefrótica, sem diferença estatística. Contudo, os pacientes com depósito de IgM+C3 ou C3 isoladamente tiveram pior desfecho renal. No que diz respeito a resposta ao tratamento imunossupressor, no grupo com Síndrome Nefrótica, houve mais evolução para diálise entre os que tiveram não resposta tiveram nenhum tipo de resposta a esse tratamento. Conclusão: Em conclusão, este estudo levantou um grande número de pacientes com diagnostico de GESF confirmados por biópsia renal, o que nos possibilitou estabelecer que no Brasil temos uma grande frequência de forma colapsante com desfecho renal ruim. Além de um pior prognóstico renal nos pacientes com imunofluorescência com depósitos de IgM+C3 ou C3 isolado e desfecho ruim em resposta parcial e não resposta ao tratamento imunossupressor