A constituição de grêmios estudantis nas escolas estaduais de ensino médio de Minas Gerais e seu lugar na gestão democrática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Abreu, Andréa Botelho de lattes
Orientador(a): Alvim, Maria Isabel da Silva Azevedo lattes
Banca de defesa: Lamas, Fernando Gaudereto lattes, Andrade, Vitória Fernanda Schettini de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Gestão e Avaliação em Educação Pública
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6738
Resumo: A presente dissertação, desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-graduação Profissional em Gestão e Avaliação da Educação Pública (PPGP) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), teve como foco de estudo a identificação de entraves à constituição do grêmio estudantil, enquanto espaço de participação da juventude no cotidiano das escolas e de fortalecimento da gestão democrática, no contexto da Política de Fomento à Participação Estudantil da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, que, a partir do projeto Virada Educação Minas Gerais (VEM), tem como objetivo combater a evasão escolar da população mineira de 15 a 17 anos e aproximar a escola da juventude. Como recorte de pesquisa foram selecionadas duas escolas estaduais de Belo Horizonte que apresentam situações opostas quanto à participação estudantil e viabilizaram a resposta à questão norteadora deste caso, a saber: quais os entraves à constituição de grêmios estudantis nas escolas estaduais de Belo Horizonte, no contexto da política de fomento à participação estudantil que, dentre outros objetivos, visa à democratização da gestão escola? Na descrição do caso, foram apresentados o contexto de elaboração e implementação da VEM, dados sobre o ensino médio no Brasil e em Minas Gerais e sobre as Unidades Escolares, sobretudo em suas particularidades quanto à vivência dos processos de participação. A pesquisa, de cunho qualitativo, teve como instrumento de coleta de dados fóruns de discussão com estudantes e gestores em grupos de Whatsapp - especificamente criados para este fim –, questionário diagnóstico, pesquisa bibliográfica e análise documental. Os dados da pesquisa de campo foram analisados a partir de conceitos e discussões trazidos por Dayrell (2006, 2010, 2016); Dayrell, Carrano e Maia (2014); Lück (2009, 2010, 2012, 2013) e Paro (2010, 2016) e revelaram uma percepção negativa de juventude, por parte dos gestores escolares - associada ao hedonismo, irresponsabilidade e imaturidade – e uma concepção reducionista de participação – entendida como mera verbalização de opiniões. Diante disso, o Plano de Ação Educacional (PAE) proposto intenta a ampliação dos espaços de participação dos jovens estudantes, adjetivando-os como sujeitos do processo educativo, cujas demandas, opiniões e percepções são essenciais ao fortalecimento da gestão democrática da escola. Além disso, sugere a criação e a implantação do Projeto #VemPraJuventude, que envolve formação e incentivo ao protagonismo juvenil.