Readmissões hospitalares pelo Sistema Único de Saúde no Rio de Janeiro: um estudo exploratório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Freitas, Flávia Amaral lattes
Orientador(a): Bastos, Ronaldo Rocha lattes
Banca de defesa: Magalhaes, Maria da Consolacao lattes, Campos, Estela Márcia Saraiva lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7201
Resumo: A taxa de readmissão hospitalar é frequentemente proposta como um indicador de qualidade porque está relacionada ao resultado para o paciente e à eficiência organizacional. É definida como a repetida internação hospitalar de um paciente, após sua alta. A identificação do comportamento das readmissões hospitalares é informação valiosa para a organização de intervenções que diminuam a frequência desses eventos bem como o impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias. Além disso, o conhecimento dos fatores relativos aos hospitais associados a readmissões pode servir como subsídio para o aprimoramento do cuidado hospitalar e, ainda, eliminar custos desnecessários para o sistema de saúde. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar as readmissões hospitalares pagas pelo SUS em uma capital brasileira, por meio de pesquisa exploratória. Os dados das internações e readmissões foram obtidos a partir da Autorização de Internação Hospitalar (AIH) do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS) do município do Rio de Janeiro do ano de 2015. As readmissões foram identificadas através de método determinístico com uso do CNS. Foram analisados 331.067 registros, a taxa ajustada de readmissão hospitalar do município foi de 11,6%. As readmissões ocorreram com maior frequência em até sete dias após a alta da internação inicial, em mulheres, de 20 a 29 anos. O diagnóstico principal para as causas obstétricas apresentou alta proporção, seguido pelos pacientes com câncer. Entretanto, alguns diagnósticos e procedimentos executados sugeriram a ocorrência de eventos adversos, refletindo que as readmissões podem estar associadas a problemas na segurança do paciente e qualidade da assistência. Conclui-se que este é campo que deve ser explorado de modo a garantir a prestação de um cuidado seguro, efetivo e de qualidade.