Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Coelho, Monique Antonia [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/234624
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Resumo: |
Introdução: A readmissão hospitalar evitável gera custos ao Sistema Único de Saúde (SUS), além de causar sofrimento social ao paciente. A Taxa de Readmissão tem sido usada como indicador para planejamento em saúde na gerência de planos privados de saúde e em sistemas de saúde internacionais. Seguindo a proposta do SUS da hierarquização da assistência, a integração otimizada das equipes de assistência poderia diminuir as readmissões. Objetivos: 1. Aplicar uma sistematização de alta para um grupo de pacientes internados em hospital terciário do Sistema Único de Saúde como ferramenta de otimização da integração hierarquizada e avaliar os resultados das intervenções de transição do cuidado no momento de internação até o pós-alta hospitalar; 2. Avaliar a qualidade da transição do cuidado e comparar sua associação às taxas de readmissão hospitalar não planejada em até trinta dias após a alta com os anos anteriores à sistematização; 3. Desenvolver e aplicar ferramenta informatizada em plataforma específica para comunicação dos profissionais das Unidades Básicas de Saúde com os profissionais do hospital terciário. Métodos: Por um período de um ano, pacientes internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu nas especialidades Clínica Médica Geral (CMG) e Cirurgia Geral (CG), provenientes do município de Botucatu, foram randomizados em dois grupos. Os pacientes e familiares do Grupo Intervenção (GI) receberam orientações desde o início da internação, na alta hospitalar, e no pós-alta, com informações em formato de protocolos padronizados a respeito da sua patologia e de sinais de alerta e itinerário terapêutico pós-hospitalar. O plano de alta, bem como as informações recebidas e compreendidas pelo paciente ou familiar, além de agendamento de retornos na UBS (independente dos retornos no centro terciário), uso correto da medicação e das demais orientações no seguimento foram registrados. O Grupo não intervenção (GNI) permaneceu com procedimentos habituais de alta, sem orientações protocoladas, e sem seguimento integrado da assistência nas Unidades Básicas de Saúde. Todos os pacientes foram acompanhados por um período de 6 meses após a alta hospitalar. Resultados: os pacientes da CMG eram mais velhos, possuíam mais comorbidades, permaneceram mais tempo internados quando comparados aos da CG. Não houve diferenças entre os GI e GNI quanto ao conhecimento de seu diagnóstico e entendimento das orientações na alta. Não houve diferenças entre taxas de readmissão em 30 dias entre os grupos em ambas as especialidades. Houve redução da readmissão de ambas as especialidades quando comparadas com os anos de 2018 e 2019. Conclusão: Foi estabelecida e incorporada a sistematização da alta, que apesar de não ter apresentado diferenças entre GI e GNI por serem os mesmos médicos a interagirem com os pacientes em ambos os grupos, teve como consequência a diminuição das readmissões hospitalares não planejadas em 30 dias. A ferramenta digital “Segunda Opinião” foi integrada e aplicada entre as redes de atenção à saúde, promovendo o acompanhamento comunitário e multiprofissional, melhorando a comunicação entre as redes de atenção, fornecendo subsídios para a tomada de decisão, reduzindo-se as lacunas nas transições de cuidado. |