Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Fernanda da Costa
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Orientador(a): |
Ferreira, Maria Elisa Caputo
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Banca de defesa: |
Amaral, Ana Carolina Soares
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Fortes, Marcos de Sá Rego
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação Física
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Departamento: |
Faculdade de Educação Física
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4070
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Resumo: |
A busca pela muscularidade pode ser conceituada como o desejo de alcançar um corpo musculoso, bem como a preocupação e a motivação quanto ao aumento da massa muscular. Há carência de pesquisas sobre o construto em mulheres e, consequentemente, de estudos psicométricos de escalas que tenham como intuito avaliar a busca pela muscularidade nesse público. Diante desta lacuna do conhecimento, o objetivo do presente estudo foi avaliar a validade e a confiabilidade da Drive for Muscularity Scale (DMS) para mulheres brasileiras. Trata-se de uma investigação do tipo transversal, que contou com a participação de 242 mulheres para Análise Fatorial Confirmatória (AFC) e validade convergente. Destas, 61 mulheres foram convidadas a participar do teste de confiabilidade, ficando 38 para o reteste. A idade das participantes variou entre 18 e 35 anos. Foram aplicados instrumentos de autorrelato para análise de validade convergente da DMS, a saber: Rosenberg Self-Esteem Scale (autoestima), Beck Depression Inventory (sintomas depressivos), Eating Attitudes Test-26 (comportamentos de risco de transtornos alimentares) e Commitment Exercise Scale (comprometimento psicológico ao exercício físico). A validade fatorial da DMS foi avaliada por meio da AFC. A confiabilidade da escala foi averiguada pelo cálculo do coeficiente alfa de Cronbach e, em adição, pela técnica teste-reteste. Para esta última, foram utilizados como recurso: o teste t de medidas repetidas, coeficiente de correlação de Pearson, bem como o coeficiente de correlação intraclasse (CCI). Foram testados 4 (quatro) modelos da DMS: 1) modelo original com dois fatores; 2) modelo unidimensional; 3) modelo unidimensional com outro método estimativo e 4) modelo original com dois fatores para mulheres. Porém, nenhum destes apresentou bom ajuste segundo os valores dos testes e múltiplos índices calculados. A DMS apresentou associação apenas com autoestima e autoaceitação (rpearson = 0,13; p < 0,05) e com os comportamentos de risco para transtornos alimentares (rpearson = 0,16; p < 0,05). O valor para o teste t foi de t (40) = 2,2, p = 0,03. O CCI apresentou valor igual a 0,86, p<0,001. De acordo com a AFC, nenhum dos modelos testados é adequado para aplicação no público feminino. A DMS apresentou correlação apenas com a autoestima e autoaceitação e comportamentos para transtornos alimentares. O contrário aconteceu com sintomas depressivos e comprometimento ao exercício físico. Quanto à fidedignidade, o teste t apresentou diferença significativa, 7 demonstrando que o instrumento aplicado não apresentou confiabilidade suficiente. Os valores de r de Pearson explicaram 79% de associação entre as duas fases (teste e reteste). Além disso, a CCI mostrou 73% de correlação entre o teste e o reteste. Por fim, o alfa de Cronbach evidenciou, tanto no teste quanto no reteste, uma variância reduzida, ou seja, houve congruência de cada item com o restante dos itens da DMS. Conclui-se que, embora o instrumento tenha apresentado alguns indícios de validade, os resultados gerais não foram satisfatórios. Mais estudos são necessários para a criação de um novo instrumento a fim de avaliar esse construto no público feminino. |