Adaptação transcultural e confiabilidade das escalas Social Physique Anxiety Scale, Functionality Appreciation Scale e Self-Acceptance Scale – Early Blindness para adolescentes com deficiência visual no Brasil
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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Departamento: |
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Educação |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13093 |
Resumo: | Imagem corporal é um conceito que tem ganhado representatividade nas últimas décadas. Para tanto, muitos pesquisadores têm empreendido esforços em estudá-la. Nesse sentido, estudiosos têm trabalhado no desenvolvimento, validação e/ou adaptação transcultural de instrumentos para sua avaliação nas mais diversas populações, dentre elas, pessoas com deficiência visual. O objetivo desta pesquisa foi realizar a adaptação transcultural e conferir a confiabilidade das escalas Social Physique Anxiety Scale (SPAS), Functionality Appreciation Scale (FAS) e Self-Acceptance Scale – Early Blindness (SAS-EB) para a população de adolescentes com deficiência visual no Brasil. Para o processo de adaptação transcultural, as escalas passaram pelas etapas preconizadas por Beaton et al. (2002) que consideram tradução, reunião de síntese, retrotradução, comitê de peritos e pré-teste. As escalas foram avaliadas por diferentes peritos, a saber: peritos da imagem corporal, educação especial, metodologista, psicóloga, linguista e representante da população-alvo. Já para o pré-teste, no qual foram avaliadas a validade de conteúdo e a confiabilidade dos instrumentos, a população-alvo foi de 25 adolescentes com deficiência visual, de ambos os sexos, com idades entre 10 e 19 anos (média 17.08, DP = 1,97), incluindo baixa visão e cegueira. Os participantes foram oriundos de escolas e instituições no Brasil, tais como o Instituto Benjamin Constant, o Centro Educacional Municipal de Atendimento a Deficientes Visuais de Resende, ambos no Rio de Janeiro, o Instituto Paranaense de Cegos, no Paraná, além de Grupos do Facebook e da indicação dos próprios participantes. A medida de confiabilidade foi feita por meio da consistência interna, aferida com o alfa de Cronbach. Toda a coleta de dados foi on-line devido à pandemia da Covid-19 que tem como principal medida de contenção do vírus o isolamento social. As escalas unifatoriais SPAS e FAS apresentaram evidências de validade de conteúdo e confiabilidade (ambas com alpha de 0,74). A SAS também apresentou evidências de validade de conteúdo. Contudo, no cálculo da confiabilidade, um de seus fatores, nomeado Proteção contra estigmas, apresentou valor de referência abaixo do ponto de corte (α = 0,52). Já os outros dois fatores apresentaram valores satisfatórios (fator Aceitação corporal - α =0,75; Sentimentos e crenças de capacidades - α =0,83). Esta pesquisa apresenta as versões adaptadas de três importantes instrumentos de avaliação da imagem corporal para adolescentes brasileiros com deficiência visual. A confiabilidade dos instrumentos se mostrou adequada, especialmente da SPAS e FAS. Esses instrumentos podem ser muito úteis para acompanhar estratégias pedagógicas com enfoque na imagem corporal de adolescentes com deficiência visual em escolas de todo o Brasil. Todavia, estudos futuros devem explorar a estrutura fatorial e a validade de constructo dos instrumentos adaptados. |