A disputa de sentidos sobre a imagem de Dilma Rousseff: as estratégias de construção de imagem da ex-presidente versus o enquadramento noticioso da Folha de S. Paulo no período do impeachment

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Coimbra, Mayra Regina lattes
Orientador(a): Oliveira, Luiz Ademir de lattes
Banca de defesa: Leal, Paulo Roberto Figueira lattes, Fernandes, Carla Montuori lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Comunicação
Departamento: Faculdade de Comunicação Social
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6950
Resumo: A partir da relação dialética entre o campo político e a instância midiática, a presente dissertação se propõe a discutir as relações de poder exercidas mutuamente por esses campos. A ideia é enfatizar a centralidade do espaço midiático sobre o campo da política e como esse campo se tornou arena central para as disputas políticas. A seguir, são retomadas a importância do campo midiático na construção de realidade social e as especificidades da política brasileira. A pesquisa desenvolve um estudo de caso sobre a construção imagética criada pela presidente Dilma Rousseff e o enquadramento midiático durante o processo do impeachment sob duas perspectivas: as declarações feitas oficialmente pela presidente e as matérias publicadas no jornal Folha de S. Paulo. Busca-se verificar quais foram as estratégias utilizadas por Dilma Rousseff para construir sua imagem diante de um momento de crise e, em contrapartida, qual enquadramento o jornal fez da imagem da presidente e de seu governo durante o mesmo período. Como corpus de análise, são analisados, primeiramente, os espaços institucionais, quando Dilma ainda estava em exercício e, em seguida, as suas publicações em rede social, quando estava afastada. A proposta é analisar quais artifícios ela mobilizou para fortalecer a sua imagem diante de um período conturbado. O segundo objeto analisado são as matérias publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo durante o mesmo período. Procura-se verificar se a imprensa, por meio de sua cobertura, projetou uma imagem negativa, positiva ou neutra de Dilma Rousseff na posição de presidente investigada. Como estratégia metodológica, recorreu-se à Análise de Conteúdo de Bardin (1977). A partir dela, foi possível analisar separadamente os objetos e identificar os pontos de convergência e divergência na construção da imagem da presidente e de seu governo. Nota-se, portanto, que a presidente se articulou a partir de temas que lhe davam segurança, tais como: a construção da imagem de governo e a construção da imagem do País. Enquanto o jornal se articula de modo oposto, ele não menciona aspectos positivos do governo, nem mesmo detalha o processo de impeachment. Ele faz um recorte que sustenta a importância da ocorrência do processo tomando como recorte três aspectos: a crise econômica, a crise política e a corrupção.