O “dois pra lá, dois pra cá” dos trajes de folguedo da cunhã-poranga do Boi Caprichoso
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Artes
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Departamento: |
IAD – Instituto de Artes e Design
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2023/00025 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15295 |
Resumo: | O Brasil é um país culturalmente plural em termos étnicos e religiosos, o que fomentou manifestações folclóricas como o Boi-Bumbá, que é a celebração das identidades culturais das sociedades interioranas, ribeirinhas e pastoris brasileiras. Em Parintins, no Amazonas, tanto o Boi Caprichoso quanto o Boi Garantido são “bois de promessa”, que não apenas revivem a tradição festiva em percorrer as ruas da cidade em uma espécie de procissão a luz de velas e candeeiros, entoando antigas toadas e procurando o calor das fogueiras de São João; mas que saíram das vielas e tablados de madeira para a arena, espetacularizando a história e a vivência poética dos povos amazônicos. Ao partir do prisma do Boi enquanto espetáculo, meu objetivo é expor as escritas visuais, que carregam em si discursos, presentes nos trajes de folguedo da personagem Cunhã-Poranga do Boi-Bumbá Caprichoso, que foram apresentados durante o Festival Folclórico de Parintins de 2019. Pretendo revelar como esses trajes femininos movimentam-se no “dois pra lá, dois pra cá”, que é o passo tradicional do Boi-Bumbá. Em outras palavras, busco evidenciar que, mesmo diante de uma postura de iminente e eminente emancipação feminina perante o olhar estereotipado do homem, a Cunhã-Poranga carrega a herança de um passado colonial, opressor e patriarcal. Acredito que este trabalho possa propor um novo olhar sobre as indumentárias de Boi-Bumbá, acrescentando assim uma visão crítica pouco explorada acerca do vestir folclórico amazônico no que tange a sua importância cultural, estética, histórica e social. |