O modo de produção capitalista e o brincar de boi-bumbá Caprichoso e Garantido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Elizandra Garcia da
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1822479471813746
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Faculdade de Educação
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/4699
Resumo: Este estudo teve por objeto analisar o modo de produção da vida e o brincar de Boi-Bumbá dos brincantes parintinenses, no contexto capitalista de produção social. A partir das análises construímos a tese de que, na brincadeira de Boi-Bumbá em Parintins, iniciada em 1913, o sistema capitalista passou por profundas transformações que determinou transformações no modo de vida e no brincar de Boi dos brincantes. Compreendemos essas transformações no movimento histórico generalizado do sistema capitalista e reservamos as peculiaridades à Cidade de Parintins. Assim, afirmamos que os „primeiros passos‟ dos Bumbás foram trilhados sobre um sistema capitalista pouco desenvolvido, ainda baseado no extrativismo, determinando aos brincantes o costume simples de brincar de Boi. Em „mais alguns passos‟, com o cultivo da juta e início de seu beneficiamento industrial, conjugado criação da Zona Franca de Manaus, a vida e a brincadeira de Boi acompanharam esse início de racionalização, evidentes no trabalho, no tempo livre e na institucionalização da brincadeira. E, quando „andou com suas próprias patas‟, o Boi-Bumbá foi expropriado do costume dos comunitários pelo Governo do Estado do Amazonas e cedido à empresas privadas com direito de sua comercialização enquanto mercadoria. No bojo da produção mercadológica, a maioria dos brincantes se tornou trabalhador do Boi, e produziu a mercadoria do Boi-Bumbá, vendida no Festival Folclórico de Parintins aos consumidores aos quais foi trasladada a categoria de brincantes de Boi-Bumbá.