Avaliação da replicação do vírus da Dengue-2 em um modelo de interação plaqueta-monócito
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2023/00078 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16666 |
Resumo: | A dengue é uma arbovirose transmitida por mosquitos do gênero Aedes e é considerada um problema de saúde global. Já foi descrito que o vírus da dengue (DENV) é capaz de infectar células como monócitos, macrófagos, células dendríticas, endoteliais e hepáticas. Sabe-se que plaquetas são capazes de internalizar, traduzir e replicar o genoma do DENV. No entanto, nosso grupo e outros demonstraram que a replicação em plaquetas é abortiva. Plaquetas de pacientes com dengue encontramse mais ativadas e apoptóticas em comparação as células de voluntários saudáveis, e há um aumento na formação de agregados plaqueta-monócito. As plaquetas de pacientes com dengue ou infectadas com o DENV in vitro secretam mediadores inflamatórios como PF4, RANTES, IL-1β e MIF, e apresentam aumento na expressão de P-selectina e fosfatidilserina em sua superfície. Este conjunto de sinais expressos e secretados modula a interação com monócitos e a resposta inflamatória. Plaquetas infectadas com o DENV e incubadas com monócitos de voluntários saudáveis induzem a secreção de citocinas como IL-8, MCP-1, IL-10 e IL-6 nos monócitos. Apesar da replicação em plaquetas ser abortiva, nós temos por hipótese que durante a interação plaqueta-monócito as plaquetas seriam capazes de transferir o RNA viral recém-sintetizado para os monócitos, que dariam continuidade ao ciclo replicativo do vírus. Também questionamos se a interação plaqueta-monócito e a transferência do RNA viral poderiam levar a modulação da resposta inflamatória em monócitos através do reconhecimento de dsRNa por TLRs endossomais e sensores citosólicos. O presente projeto tem por objetivo avaliar se as plaquetas são capazes de transferir o genoma viral e/ou modular a resposta inflamatória dos monócitos, e por quais receptores isso ocorre. Nossos resultados demonstram que as plaquetas são capazes de transferir o genoma do DENV para monócitos primários in vitro. Além disso, o reconhecimento desse RNA viral em monócitos advindo de plaquetas infectadas levam ao aumento da secreção de IL-8 e MCP-1 nas coculturas, que é reduzido ao bloquear a via downstream de RIG-I/MDA-5, mas não de TLRs endossomais. No entanto, a transferência do RNA viral do DENV para monócitos não ocorre de forma que esses sejam capazes de gerar novas partículas virais infecciosas. |