Avaliação da carga viral do vírus da imunodeficiência humana (HIV) em plasma pobre e rico em plaquetas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Schnoor, Suzana Kague
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/213602
Resumo: A Aids é consequência da infecção causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Os principais alvos do vírus são linfócitos T CD4+ e os macrófagos, porém já foi demonstrado que as plaquetas interagem com o vírus mesmo não expressando a molécula CD4 em sua superfície celular. Estudos recentes demonstraram que as plaquetas não só interagem com o HIV como são reservatórios de vírus infectantes, capazes de transmiti-lo a outras células suscetíveis. A determinação da carga viral do HIV é considerada padrão-ouro para avaliação da eficácia do tratamento antirretroviral e detecção precoce de problemas de adesão em pessoas vivendo com HIV, sendo realizada utilizando a técnica de transcrição reversa seguida da Reação em Cadeia da Polimerase em tempo real (RT-qPCR) em amostras de plasma pobre em plaquetas, de acordo com o protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde. O objetivo do presente trabalho foi avaliar comparativamente a carga viral do HIV no plasma pobre e rico em plaquetas em amostras de sangue de trinta pacientes, sem tratamento antirretroviral, portadores do vírus e que foram atendidos pelo Laboratório de Biologia Molecular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu. Foram utilizados dois protocolos de centrifugação para obtenção do plasma pobre e rico em plaquetas, seguidos de quantificação da carga viral através da metodologia Abbott RealTime HIV-1 (Abbott Molecular, Illinois, USA). Os resultados demonstraram não haver diferença estatística significativa entre os dois grupos avaliados (plasma rico e pobre em plaquetas). Esperava-se que o plasma rico em plaquetas apresentasse uma carga viral maior do que o plasma pobre, uma vez que as mesmas abrigam o vírus, porém essa diferença não foi observada. No entanto, a metodologia pode explicar estes resultados. Os resultados sugerem testar novos protocolos, como utilização de colunas de sílica para extração do RNA viral, uma vez que o protocolo atual utiliza partículas magnéticas que não são especificas para ácidos nucleicos e podem sofrer interferências de outras moléculas presentes na amostra, e outros protocolos de centrifugação para obtenção de plasma rico em plaquetas como descritos em outros estudos.