Bacia semântica e o trajeto educativo de uma comunidade negra rural: narrativas da Colônia de São Firmino, no município de Ewbanck da Câmara, Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Williana Freitas de lattes
Orientador(a): Oliveira, Julvan Moreira de lattes
Banca de defesa: Carvalho, Francione Oliveira lattes, Johnson, Andréia Lisboa de Sousa lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/10227
Resumo: Este trabalho tem como cenário a comunidade rural negra denominada Colônia de São Firmino, localizada no município de Ewbanck da Câmara, na zona da mata de Minas Gerais. Pretendia-se compreender como os processos educativos no interior dessa comunidade são desenvolvidos e preservados entre as gerações. Na primeira parte historiciza-se o surgimento do termo Quilombo e a discussão desta temática na contemporaneidade. Como referencial teórico, utiliza-se o imaginário, defendido por Gilbert Durand (2012) como o conjunto de imagens e relações de imagens que constitui o capital pensado do "homo sapiens", aparecendo assim, como o grande denominador fundamental onde vêm se arrumar todos os procedimentos do espírito humano. Trata-se de pesquisa qualitativa, como metodologia utiliza-se no desenvolvimento do trabalho, a observação participante, análise documental, textual, icnográfica, audiovisual e uso de entrevistas abertas, através da técnica bola de neve. Por fim, apresenta-se na terceira parte, o trabalho de campo que contou com a participação de dez moradores (seis homens e quatro mulheres), que ao revisitarem os seus imaginários nos permitiram concluir a presença de elementos intrínsecos ao regime noturno, que compõem a estrutura mística do imaginário, sendo reconhecidos como os símbolos da intimidade: o túmulo e o repouso, a moradia e a taça, alimentos e substância. Além disso, os entrevistados demonstraram o respeito aos valores civilizatórios e a memória de seus ancestrais, afirmando que aprenderam muito com os mais velhos, enfatizaram também a crença em Deus e a importância do sagrado em suas vidas.