Ser-aí-cuidador-e-familiar na vivência da internação domiciliar: contribuições para o cuidado em saúde e enfermagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Nazareth, Juliana Bernardo lattes
Orientador(a): Salimena, Anna Maria de Oliveira lattes
Banca de defesa: Souza, Ívis Emília de Oliveira lattes, Melo, Maria Carmen Simões Cardoso de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3174
Resumo: Objetivou-se desvelar sentidos do cuidador familiar na vivência da internação domiciliar. Método de investigação qualitativa, fundado na fenomenologia de Martin Heidegger. Constituíram-se cenário as residências das famílias cadastradas no Departamento de Internação Domiciliar localizado na zona da mata, no interior de Minas Gerais e que atende exclusivamente pela rede pública de saúde do Sistema Único de Saúde,sendo participantes 13 cuidadores familiares. A entrevista fenomenológica teve como questões orientadoras: como é para você cuidar de seu familiar em casa? Você recebeu alguma orientação para vivenciar este momento? Como é sua relação com os profissionais que prestam a Assistência Domiciliar? Dos depoimentos, emergiram então as estruturas essenciais de modo a construírem as Unidades de Significados. A compreensão vaga e mediana desses significados permitiu a elaboração do fio condutor que conduziu ao segundo momento metódico, a compreensão interpretativa ou hermenêutica. O modo de ser-aí-cuidador-efamiliar-de-paciente-em-internação-domiciliar é desvelado pelo cuidador familiar lançado na facticidadequando se mostram como ser-no-mundo-de-cuidados ao familiar. O ser-aí-cuidador-familiar permanece no modo da ocupação ao desempenhar suas atividades. Mostrou que namanualidadeesta junto-a e é ser-paracuidar. A relação do cuidador-familiar com oDepartamento de Internação Domiciliar deixa-se dominar pela cotidianidade mostrando-se como ser da impropriedade ao desconsiderar-se como ser de possibilidades. Revela o falatório na reprodução da linguagem técnica que não é do cuidador. Desvela o ser-no-mundo presente nas relações interpessoais harmoniosas com os profissionais de saúdeao exercer um cuidado inautêntico. Conhecer os sentidos que os cuidadores familiares atribui ao seu fazer possibilitará que gestores de saúde e membros da equipe multiprofissional de saúde de internação domiciliar possam repensar as intervenções mais direcionadas de acordo com necessidades singulares de cada paciente e cuidador familiar.