Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Monalisa Claudia Maria da
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Orientador(a): |
Castro, Edna Aparecida Barbosa de
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Banca de defesa: |
Henriques, Bruno David
,
Almeida, Alexander Moreira de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Enfermagem
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Departamento: |
Faculdade de Enfermagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/339
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Resumo: |
Introdução: O processo de transição demográfica e epidemiológica, seguido do progressivo aumento do número de idosos acena para uma nova realidade: a necessidade do cuidador familiar idoso. Objetivo: Analisar os elementos que constituem o processo de cuidar de um idoso no domicílio, por um familiar também idoso. Métodos: Pesquisa qualitativa baseada na Teoria Fundamentada nos Dados, realizada no Município de Juiz de Fora, Minas Gerais. A coleta de dados ocorreu, no período entre agosto de 2014 e janeiro de 2015, com dez cuidadores idosos participando do estudo. Na sétima entrevista, observou-se que as respostas dos participantes tornaram-se redundantes, não sendo relevante continuar com a coleta de dados. No entanto, como forma de validar a teoria, retornou-se a campo, para outras três entrevistas, de forma a permitir a análise e interpretação sistemática comparativa dos dados, de forma mais profunda e rica. Procurou-se, nessa fase, buscar cuidadores com diferentes níveis socioeconômicos, com vistas a compreender melhor a vivência dos cuidadores. Utilizou-se, para a coleta de dados, a visita domiciliar, com entrevista, observação e registro de notas em diário de campo, além da elaboração de memorandos. Para a edição textual e codificação dos dados empíricos, utilizou-se o programa OpenLogos®. Resultados: Emergiram dos dados quarenta códigos, que compuseram quatro categorias: “Envelhecer e se tornar cuidador familiar”; “O apoio familiar”; “O cuidador idoso que cuida diariamente se um idoso no domicílio e a equipe de saúde”; e “A dimensão espiritual influenciando a vida e o processo de cuidar de um cuidador familiar idoso”, que se constituiu na categoria central do estudo. A categoria central permitiu compreender como o cuidador familiar idoso vivencia o processo de cuidar do familiar também idoso no domicílio, mesmo diante de repercussões negativas, como a falta de apoio familiar, e as dificuldades vivenciadas no cotidiano, como a falta de apoio institucionalizado para o cuidado do outro. Independentemente de ter ou não o apoio da família ou o institucionalizado, quem cuida encontra “empoderamento” para enfrentar, cotidianamente, os desafios de ser cuidador familiar, por meio da religiosidade/espiritualidade. Nessa fase da vida, ocorre uma modificação na perspectiva, de uma visão materialista e pragmática do mundo, para uma visão cósmica e transcendente. Ao passo que buscam apoio em uma força metafísica, os participantes se utilizam do coping religioso espiritual, que são as estratégias utilizadas para o enfrentamento das situações que venham a surgir em suas vidas, atribuindo ao sagrado a força para perseverar e continuar trilhando seu caminho, envelhecendo e cuidando de uma ou mais pessoas, também idosas, no domicílio. Conclusão: A religiosidade/espiritualidade do cuidador idoso mostrou-se uma importante estratégia utilizada como apoio e suporte para as adversidades da vida. Recomenda-se que a dimensão espiritual deve ser considerada como elemento a auxiliar no processo de assistência à saúde, haja vista, nesta fase da vida, a espiritualidade encontrar-se acentuada, pois o idoso mostra-se introspectivo, repensa e avalia toda a sua vida. Os achados reforçam a necessidade de políticas públicas para a atenção ao cuidador familiar de idosos, sobretudo do idoso que cuida de outro idoso no domicílio. Como aporte ao campo das práticas, o presente estudo reforça a relevância de que o tema espiritualidade seja transversal aos currículos de formação dos profissionais de saúde. |