Angústia, culpa e sublimação: caminhos para uma interpretação psicanalítica da commedia de Dante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Schetino, Maria Conceição lattes
Orientador(a): Noé, Sidnei Vilmar lattes
Banca de defesa: Gross, Eduardo lattes, Moura, Lúcia Helena Furtado lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9805
Resumo: O poema de Dante Alighieri, Commedia, fora objeto de análise de várias correntes hermenêuticas. Ao longo de nossa pesquisa de mestrado pudemos constatar que a maioria das interpretações se dão por meio da análise figural. O que fizemos em nosso “caminho para a interpretação metapsicológica” foi analisar, através do conceito de angústia desenvolvido pela psicanálise freudiana, os mecanismos de defesa em jogo, tal como a sublimação. Os processos defensivos são característicos de determinadas neuroses, sendo assim podem ser observados nos estados de cisão do Eu, donde o deslocamento tende a obedecer a necessidades deste frente às instâncias parentais (supereu), resultando em “relações de dependência do Eu”, nas quais a culpa se manifesta. Ao retornarmos o sentido figural ao seu deslocamento, ou seja, ao seu sentido primitivo, pudemos constatar que Virgílio e Beatriz são símbolos mnésicos que apontam para o abandono de Dante frente às instâncias parentais. Nesse sentido, refletimos sobre o desejo de Dante em retornar à fonte de seu batismo e a relação desse desejo com seu exílio.