“Antes fosse mais leve a carga”: as narrativas do trauma como dispositivos mobilizadores no jornal A Sirene
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Comunicação
|
Departamento: |
Faculdade de Comunicação Social
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00376 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13769 |
Resumo: | Considerado o maior crime ambiental do país, o rompimento de Fundão, ocorrido em Bento Rodrigues em novembro de 2015, é uma “catástrofe do tempo” (ALEKSIÉVITCH, 2013) ao romper, profundamente, com a ordem e a dinâmica da vida dos moradores de Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e das demais localidades afetadas direta e indiretamente pela lama de rejeitos da mineradora Samarco. Esta pesquisa tem como proposta identificar as narrativas do trauma presentes no jornal A Sirene, periódico produzido pelos e para os atingidos, e compreender suas atuações como dispositivos mobilizadores dos sobreviventes. Para tanto, partimos dos estudos sobre a memória e a memória traumática, passando pelo conceito de dispositivo, a compreensão do jornalismo comunitário como instrumento de mobilização, até chegar às reflexões sobre as narrativas do trauma nas páginas do jornal A Sirene. Estruturamos um percurso metodológico em duas etapas, sendo a primeira a organização das narrativas do trauma com o apoio da Análise Temática (BRAUN; CLARKE, 2006). Em um momento posterior, alçamos mão da obra “Em Busca de Sentido” (1984), de Viktor Frankl, que nos apresentou bases para compreender o otimismo trágico, forma de ressignificação da dor e do trauma como potência mobilizadora que pode ser adotada por sobreviventes de eventos traumáticos. A partir das análises, identificamos o que chamamos de a tétrade trágica das narrativas do trauma: as quatro temáticas principais em que as narrativas do trauma estão ancoradas nas páginas do jornal A Sirene – memória, nostalgia, denúncia e empoderamento. |