Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Fabri, Rodrigo Luiz
 |
Orientador(a): |
Fontes, Elita Scio
 |
Banca de defesa: |
Ribeiro, Antônia
,
Alves, Maria Silvana
,
Araújo Junior, João Xavier
,
Salvador, Marcos José
 |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
|
Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5288
|
Resumo: |
Mitracarpus frigidus (Willd. ex Reem Schult.) K. Schum. (Rubiaceae) é uma espécie nativa, amplamente distribuída por todo território brasileiro, com poucos relatos na literatura sobre seu potencial químico-biológico. Estudos preliminares relataram que a planta apresenta atividade antimicrobiana, leishmanicida e antioxidante, e tem como principais constituintes alcaloides, quinonas, flavonoides, terpenos e esteroides. Com o intuito de dar continuidade aos estudos envolvendo esta espécie, este trabalho teve como objetivos avaliar sua toxidade e seu potencial farmacológico, bem como e isolar e caracterizar suas substâncias bioativas. Do extrato metanólico das partes aéreas de M. frigidus (MFM) foram isolados os triterpenos ácido ursólico e ursolato de metila, e a naftoquinona psicorubrina. Os flavonoides rutina e campferol também foram identificados. Utilizando essas substâncias como marcadores, MFM foi padronizado e avaliado para as atividades esquistossomicida, anti-inflamatória, laxativa e citotóxica. Além disso, sua toxidade aguda (DL50) e subcrônica foram avaliadas. O potencial biológico e a composição química do extrato em hexano e do óleo essencial da espécie também foram analisados. MFM apresentou atividade esquistossomicida tanto in vitro quanto in vivo com considerável redução da carga parasitária. Também foi observada atividade anti-inflamatória aguda e crônica para os modelos testados, sendo a resposta aguda mais expressiva. MFM inibiu o processo de migração celular mediado pela inflamação e também diminuiu o processo oxidativo do organismo, evidenciado pela baixa concentração de MDA, catalase e mieloperoxidase. Em relação à expressão de ciclooxigenases, MFM inibiu COX-2. Atividade citotóxica contra células leucêmicas, HL60 e Jurkat, sem indução de apoptose também foi observada. Além disso, MFM induziu aumento do peristaltismo intestinal e da produção de fezes, o que pode estar relacionado com a presença de antraquinonas identificadas em MFM. A partir do estudo toxicológico agudo e subcrônico de MFM foi possível verificar que a planta tem baixa toxidade (DL50 > 2000 mg/Kg) e que não provocou alterações bioquímicas e hematológicas durante 42 dias de experimento. As substâncias ácido ursólico, ursolato de metila e psicorubrina, isoladas de MFM, apresentaram atividade citotóxica para células tumorais e para diferentes espécies de Leishmania. Da mesma forma, o extrato em hexano apresentou atividade antimicrobiana e leishmanicida, com especificidade e seletividade para formas intracelulares (amastigotas). O óleo essencial apresentou atividade antifúngica e leishmanicida. Linalol e acetato de eugenol foram identificados como as substâncias majoritárias. A partir deste trabalho, foi possível concluir que a espécie M. frigidus, que não possui relatos de uso na medicina popular, pode ser uma fonte alternativa de estudos para o tratamento de diversas doenças, como as provocadas por fungos, bactérias e parasitas, além de patologias relacionadas a processos inflamatórios. |