“Liberdade ainda que vadia” uma etnografia sobre a marcha das vadias do Rio de Janeiro 2013

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Morais, Janaina de Araujo lattes
Orientador(a): Oliveira, Marcella Beraldo de lattes
Banca de defesa: Perucchi, Juliana lattes, Souza, Érica de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/136
Resumo: A Marcha das Vadias do Rio de Janeiro é uma manifestação feminista que se posiciona contra a violência sexual de gênero. É conhecida pelos participantes pelo seu caráter irreverente e lúdico, atraindo diversas pessoas que se utilizam daquele momento para expressarem suas ideias e sentimentos, através de seus corpos, danças, gritos e performances. Dessa forma, através de uma pesquisa qualitativa, por meio de observação participante, este estudo dedica-se a compreender como os/as manifestantes utilizam o próprio corpo para se posicionar politicamente durante o ato e o significado que essas expressões adquirem tanto para os/as ativistas, quanto para um público mais geral, que não possui envolvimento direto com a manifestação. Como a Marcha aconteceu em 27 de julho de 2013, em Copacabana, na mesma semana em que estava acontecendo a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Católica, no Rio de Janeiro, com a presença do Papa Francisco, esse contexto, dentre outros, delineou uma manifestação bem específica e atípica, o que torna a reflexão sobre as formas de expressão e a utilização dos corpos como instrumento político ainda mais instigante. Para conseguir refletir sobre o momento da manifestação na rua, que constitui o objeto desta pesquisa, é necessário dar conta de outros pontos importantes, que serão capazes de dar um dimensionamento mais apropriado do contexto em que a manifestação aconteceu. Para tanto, importou compreender os objetivos principais a que a organização da Marcha do Rio de Janeiro se propõe, a observação dos discursos e práticas dessa organização antes, durante e após a realização da manifestação, buscando compreender as dinâmicas organizativas, o sujeito político defendido e como ele é construído.