Estudos in vitro e in vivo de Annona muricata L. contra uma linhagem de Candida albicans multirresistente: atividade do extrato livre e incorporado a uma formulação a base de carbopol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Campos, Lara Melo lattes
Orientador(a): Fabri, Rodrigo Luiz lattes
Banca de defesa: Rocha, Vinícius Novaes lattes, Costa, Juliana de Carvalho da, Conegundes, Jéssica Leiras Mota, Araújo, Marcelo Gonzaga de Freitas
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
Departamento: Faculdade de Farmácia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00096
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15224
Resumo: Os produtos naturais bioativos têm se destacado como fontes de diversidade química, na busca de estratégias para a descoberta de novas drogas. Neste cenário, Annona muricata L. é utilizada tradicionalmente no tratamento de doenças inflamatórias, infecciosas e do câncer. No entanto, seu potencial antifúngico, bem como seu mecanismo de ação ainda carece de maiores estudos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antifúngica do extrato etanólico das folhas de A. muricata contra uma linhagem de Candida albicans (ATCC® 10231) multirresistente e desenvolver uma formulação a base de carbopol contento o extrato, visando o tratamento de candidíase vulvovaginal (CVV). Os estudos em células planctônicas foram avaliados pela curva de crescimento, densidade celular, mecanismo de ação em envoltório celular e potencial de membrana mitocondrial.Os ensaios em biofilme, por meio da análise de proliferação e adesão, microscopia eletrônica de varredura, whole slide imaging e análise da composição da matriz polimérica extracelular. Os ensaios in vivo compreenderam modelos experimentais de CVV testando além de A. muricata, a sua forma incorporada ao carbopol. Nossas análises indicaram um promissor efeito inibitório de A. muricata, com capacidade de reduzir o crescimento fúngico, bem como a quantidade de célula. Diante dos estudos de envoltório celular, o extrato afetou tanto a membrana fúngica quanto a integridade da parede celular, alterando a viabilidade. Despolarização da membrana mitocondrial foi indicada após o tratamento com A. muricata. Em relação aos ensaios em bifilme, uma redução da proliferação, adesão e matriz polímérica de C. albicans foram observados. Os ensaios in vivo demonstraram que A. muricata livre e incorporado ao gel foram capazes de reduzir a carga fúngica, processo inflamatório e na presença do carbopol, uma potencialização de mucoadesividade. Sendo assim, A. muricata é potencial antifúngico na terapêutica para infecções por C. albicans e a formulação a base de carbopol apresentou capacidade de aplicações dermatólogicas, proporcionando sua utilização futura para tratamento da CVV. Novos estudos de melhoramento do produto ainda serão realizados, sendo necessários para uma melhor compreensão do seu mecanismo e características físico-quimicas.