Biofilme de isolados orais de Candida albicans obtidos de fumantes e não fumantes: correlação clínica com o impacto da nicotina na resistência antifúngica das células sésseis em pacientes atendidos no HCFMUSP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Palomar, Caroline Évelin Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-13062024-121324/
Resumo: A candidose oral é uma infecção oportunista causada pelo fungo do gênero Candida spp., caracterizada por lesões brancas, principalmente na língua ou no interior das bochechas, podendo afetar também outras áreas da boca. A nicotina, principal componente do tabaco, é um importante agente de predisposição para o surgimento da candidose oral, além de estimular a formação de biofilmes. Para melhor compreender e planejar estratégias de prevenção e tratamento dessa patologia, é necessário esclarecer o impacto da nicotina no desenvolvimento e na persistência das infecções fúngicas orais. No presente estudo, realizou-se a quantificação metabólica do biofilme em sua forma pura e após a indução da nicotina in vitro e compararam-se os resultados entre pacientes fumantes e não fumantes. Foram identificados 41 dos isolados por metodologia clássica e MALDI-TOF MS, sendo 78% C. albicans, 9,7% C. tropicalis, 7,3% Nakaseomyces glabrata, 2,5% de C. parapsilosis e C. dubliniensis. Frente ao fluconazol, 85% das cepas testadas mostraram-se sensíveis, enquanto apenas 15% foram resistentes. Em relação à expressão do biofilme, 88% das cepas apresentaram alta quantificação metabólica. Observou-se que houve aumento na expressão do biofilme, principalmente grupo de fumantes, quando induzidos com nicotina nas concentrações de 0,5 mg/mL e 1,0 mg/mL. Essas descobertas são de grande relevância, pois evidenciam o papel da nicotina na modulação da expressão de biofilme em cepas de C. albicans, o que pode ter implicações importantes para o tratamento de candidose oral em pacientes fumantes. Além disso, a alta sensibilidade das cepas ao fluconazol é encorajadora, indicando que esse antifúngico ainda pode ser uma opção terapêutica eficaz para a maioria dos pacientes. Essas descobertas podem ser fundamentais para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes afetados e para a redução de incidência de candidose oral em populações expostas ao tabaco.