Um sem-lugar em Belchior: a escuta de alucinação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Moreira, Raul Furiatti lattes
Orientador(a): Faria, Alexandre Graça lattes
Banca de defesa: Monteiro , André lattes, Ramos, Miguel Jost lattes, Ribeiro, Gilvan Procópio lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/424
Resumo: O contexto da década de 1970, no Brasil, promoveu diferentes manifestações artísticas que colaboraram para questionar as realidades preestabelecidas, além de encontrarem brechas na censura e na repressão da liberdade de expressão, alcançando o público e fazendo com que as ideias se espalhassem e colocassem em discussão o status quo. Concomitantemente, a indústria cultural e a intensa migração de mão de obra formal para o Sudeste foram culminantes para a explosão de diversos confrontos identitários. Dentre eles, a presente dissertação destacou o disco “Alucinação”, do cancionista cearense Belchior, lançado em 1976. O disco questiona tanto a situação político-social quanto as manifestações de discursos identitários. A partir de um aspecto denominado nordestinidade, ideia concernente a marcas locais e a sensações de não pertencimento a um determinado estereótipo social dominante, além da ligação desses aspectos a reflexões tempo-espaciais, delineou-se um percurso migratório do eu lírico do disco responsável por colocar em questão a percepção dialética da realidade através de uma alternativa dessa mesma dialética. Assim, nos foi possível conceber em “Alucinação” um exercício de absorção das materialidades do cotidiano e do presente, fundamentais para problematizar a estagnação das identidades e seus possíveis malefícios.