Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Alencar, Rafael Barros de |
Orientador(a): |
Lima, Samuel Anderson de Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29928
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Resumo: |
“Eu quero é que esse canto torto feito faca corte a carne de vocês” (NETO, 2019, p. 74). Esta pesquisa é desenvolvida com o suporte da Literatura Comparada e tem como objetivo analisar características neobarrocas na obra de Belchior a partir do diálogo com signos poéticos presentes na obra de João Cabral de Melo Neto. O mote para esta pesquisa é “A Palo Seco”, um poema em João Cabral e uma canção em Belchior, do disco Mote e Glosa (1974). No poema cabralino, “A Palo Seco”, expressão espanhola que remete à matriz do flamenco, aparece associado à imagem da lâmina, ao “cante sem,/ a esse cante despido,/ é um cante desarmado:/ só a lâmina da voz/ sem a arma do braço” (SECCHIN, 1985, p. 146), signo poético utilizado nas canções de Belchior, não só em “A Palo Seco”, mas também em “Apenas um rapaz latinoamericano”, “Pequeno mapa do tempo”, entre outras. Na pesquisa, duas perspectivas artísticas (João Cabral e Belchior), duas formas poéticas (a literatura e a música), um diálogo (Barroco e neobarroco) e cenários de análises (sertão, global, retirante, cante a palo seco, a voz e a vida). O trabalho está organizado em quatro capítulos, passando pela questão da aproximação da literatura com a música e mais especificamente pelo imbricamento desses temas sob a perspectiva da Literatura Comparada, seguida de um capítulo que observa as pesquisas já realizadas que envolvem Belchior e João Cabral de Melo Neto e, por fim, o capítulo analítico, que desenvolve o tema do neobarroco na obra do cancioneiro. O levantamento sobre as pesquisas que envolvem Belchior e João Cabral passa pelos trabalhos de autores como Josely Carlos (2007), Eurídice Figueiredo (2013), Jotabê Medeiros (2017), Glenda Moura (2014), José Américo Saraiva (2007), Lenise dos Santos Santiago (2007 e 2011), entre outros. O caminho de análise passa por signos poéticos cabralinos barrocos, como a lâmina, a faca, o retirante, o regional e o global, o cante e a vida, que são apropriados na obra do cearense e, como aporte teórico para entender o neobarroco, trabalhamos com autores a exemplo de Severo Sarduy (1987), Francisco Ivan (2013), Francisco Israel de Carvalho (2012). Os resultados desta análise buscaram perceber características neobarrocas nas canções de Belchior a partir do contato com o Barroco moderno em João Cabral. |