Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Castro, Raquel de
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Orientador(a): |
Pereira, Terezinha Maria Scher
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Banca de defesa: |
Carrizo, Silvina
,
Silva, Geysa
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5403
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Resumo: |
Nesta dissertação analisamos Os Sertões, de Euclides da Cunha, como obra exemplar de resistência à opressão sobre a população do Brasil. Essa resistência é presente na obra não só em seu conteúdo de denúncia, mas também no estilo literário de Euclides da Cunha, que é um historiador e um narrador aos moldes das teorias de Walter Benjamin, cujo pensamento está presente em toda a dissertação. A maior (e infeliz) atualidade de Os Sertões está no fato de que os “canudenses” estão presentes até hoje, vitimados pela extrema desigualdade social e econômica que caracteriza o nosso país, onde a maior parte da população não tem direito a uma vida digna; não vive, sobrevive; ignorada pelo poder, sofre essa violência profundamente física e moralmente, já que privada de seus direitos básicos. Os Sertões é um arquivo que gera outras obras, artísticas e teóricas, porém não é o suficiente: refletimos sobre a necessidade de um maior engajamento político dos intelectuais e artistas, através de um olhar político sobre o passado, narrando a História dos vencidos e oprimidos através de suas produções culturais e artísticas e com uma urgente e necessária democratização do arquivo; o sentimento de empatia em relação à situação desse povo brasileiro é de extrema importância para produzir uma maior conscientização política e desalienação do povo. Através também da solidariedade, característica comum a qualquer movimento que queira modificar a realidade do presente e, tendo em mira a construção de um futuro em que a ética, a fraternidade, a liberdade e a alegria (não alienada) sejam a realidade dos nossos descendentes. |