HISTÓRIA E TRANSFIGURAÇÃO EM OS SERTÕES, DE EUCLIDES DA CUNHA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Pimentel, Telmo de Maia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Formação de Professores e Humanidade::Curso de Letras
Brasil
PUC Goiás
Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede2.pucgoias.edu.br:8080/handle/tede/3806
Resumo: O estudo a seguir se trata de uma leitura da obra Os Sertões de Euclides da Cunha na qual traremos à tona, dentre outras preocupações da crítica, os problemas da ficção, de modo geral refletidos e elaborados no romance moderno, a estreita relação entre a História e a Literatura, bem como, a passagem do histórico para o narrativo-historial. Somado a isso, iremos discutir a dessemantização da palavra, o esvaziamento do código, os tropos do discurso ou a mudança de direção que houve no enfoque dos fatos, para então podermos verificar todo aspecto metafórico que envolve as três partes da obra, “Terra, Homem e Luta”. Nosso intuito é lançar luzes sobre a literariedade em Os Sertões, de como o narrador euclidiano, movido por raríssimo talento artístico aborda a questão do imaginário do sertanejo, de Antônio Conselheiro e da República a fim de que possamos detectar certas convicções que se nos apresentam insondáveis à luz do discurso historiográfico, mas que, recorrendo ao discurso mítico-romanesco, novas hipóteses são aventadas, como os porquês da não entrega, da não rendição, do heroísmo, do fundamentalismo tão presentes na obra em análise. Destarte, propomos uma possibilidade de leitura em uma obra cuja complexidade de análise e discussão é um oceano intransponível e inesgotável, capaz de transcender o tempo e a própria História.