Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Peths, Lucas Lisboa
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Orientador(a): |
Leal , Paulo Roberto Figueira
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Banca de defesa: |
Oliveira, Luiz Ademir de
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Moraes, Gláucia da Silva Mendes
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Comunicação
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação Social
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1277
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Resumo: |
A presente dissertação objetiva buscar e analisar evidências de personalização da política, ou seja, a valorização de características pessoais em detrimento de ideias ou ideologias partidárias, no contexto do parlamentarismo britânico. Apesar de não ser um conceito novo, a personalização se amplia na atualidade, em uma sociedade altamente mediada pelos meios de comunicação. O que vertebra o trabalho é a hipótese de que o parlamentarismo tende a uma “presidencialização”, assumindo, como já comprovado neste sistema de governo, características cada vez mais personalistas, contrariando sua essência de foco nas estruturas e na ordem partidárias. Neste contexto, é seguro dizer que fatores comunicacionais interferem e podem ser determinantes na condução de um processo eleitoral – mesmo no parlamentarismo – com os veículos de comunicação direcionando sua cobertura a elementos personalizados. Assim, os media se comportariam ora como palcos, ora como atores políticos, favorecendo a tendência de americanização das campanhas ao redor do mundo, com a desideologização das disputas e a declínio da identificação partidária como consequências comuns, elementos da chamada “nova ambiência eleitoral”. A metodologia utilizada foi a análise de conteúdo categorial, que englobou 66 publicações dos periódicos britânicos The Times e The Guardian durante a semana anterior às Eleições Gerais ao Parlamento britânico em 2015. As matérias foram classificadas em quatro categorias: ênfase em pessoas, com a personalização sendo evidenciada no lugar de outros conteúdos; ênfase nos partidos, destacando os textos que priorizaram tratar de temáticas partidárias e ideológicas; ênfase em políticas públicas, ressaltando notícias que abordaram tópicos de interesse geral da população, como saúde ou educação; por fim, foram agrupadas as matérias que tiveram ênfase na própria disputa eleitoral, com a publicação de resultados de pesquisas eleitorais ou possibilidades. Conjuntamente adotou-se a metodologia desenvolvida pelo Laboratório de Pesquisa em Comunicação Política e Opinião Pública (Doxa) do atual IESP-UERJ. O modelo leva em consideração a valência, ou seja, a orientação positiva, negativa ou neutra das coberturas jornalísticas, o que permitiu identificar o posicionamento de cada um dos jornais em cada categoria. |