Vigilância epidemiológica de Staphylococcus aureus resistente a meticilina isolados de um hospital terciário público de Dourados/MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, Carolina Rangel de Lima lattes
Orientador(a): Marchioro, Silvana Beutinger lattes
Banca de defesa: Souza Neto, Sebastião Martins de lattes, Neitzke-Abreu, Herintha Coeto lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Faculdade de Ciências da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1072
Resumo: Introdução: Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) estáconstantemente associado a perfis de multiresistenciae constituem uma das principais preocupações em infecções relacionadas aos serviços de saúde. Foi realizado um estudo transversal entre agosto/2016 e agosto/2017 para descrever as características clínicas e moleculares associadas às cepas de MRSA isoladas de um hospital terciário localizado no centro-oeste do Brasil. Métodos: As características clínicas associadas a infecções de corrente sanguínea por MRSA em neonatos foram investigadas com uma análise de caso-controle envolvendo 51 pacientes. A identificação bacteriana foi realizada pelo sistema PhoenixTM. A susceptibilidade antimicrobiana foi determinada pela microdiluição em caldo. A presença de genes de resistencia a meticilina (mecA, femA), a leucocidina de Panton-Valentine (pvl) codificada pelo genepvl e a tipagem de SCCmec foi avaliada por PCR e sequenciamento de DNA. Resultados: Um total de 30 cepas de S. aureus resistentes à meticilina foram idoladas de 30 pacientes, sendo 23 delas MRSA adquiridas no ambiente hospitalar (76,6%) e 7MRSA adquiridas na comunidade (23,4%). A maioria dos pacientes incluídos no estudo eram neonatos (57%). A síndrome da membrana hialina, a displasia broncopulmonar, a síndrome de aspiração de mecônio, a prematuridade, a hospitalização prolongada e o uso de dispositivos invasivos foram associados a infecções de corrente sanguínea por MRSA em recém-nascidos. A amplificação por PCR e o sequenciamento mostraram que os genes mecA e femA foram responsáveis ​​pela resistência à meticilina. A análise molecular do SCCmec revelou que o SCCmec tipo IV foi o mais prevalente. A maioria das cepas positivas para pvlforam identificadas como Staphylococcus aureus adquirida no ambiente hospitalar (HA-MRSA), indicando a diversificação bacteriana das cepas HA-MRSA e Staphylococcus aureus adquirida na comunidade CA-MRSA. Conclusão: este estudo mostrou que pacientes infectados / colonizados representam reservatórios para transmissão horizontal, assim, medidas de controle de infecção são necessárias para prevenir a disseminação de cepas resistentes a multi drogas (MDR) em instituições de saúde.