Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lucchetta, Jéssica Terilli
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Orientador(a): |
Pereira, Fabricio Fagundes
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Banca de defesa: |
Silva, Ivana Fernandes da
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Fernandes, Winnie Cezario
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Viana, Cácia Leila Tigre Pereira
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Freitas, Alessandra Fequetia
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Cardoso, Carlos Reinier Garcia
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Grande Dourados
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Biológicas e Ambientais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/5185
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Resumo: |
Tetrastichus howardi (Olliff, 1893), Trichospilus diatraeae (Cherian & Margabandhu, 1942) e Palmistichus elaeisis (Delvare & LaSalle, 1993) (Hymenoptera: Eulophidae) são endoparasitoides que possuem uma ampla gama de hospedeiros, com potencial para serem utilizados em programas de controle biológico de lagartas desfolhadoras do eucalipto. Diante do exposto, tendo em vista o potencial biológico dos parasitoides estudados, propõe-se com os trabalhos desta tese, registrar o parasitismo natural de Brachymeria annulata (Hymenoptera: Chalcididae) e T. diatraeae em pupas de de Iridopsis panopla Prout, 1932 (Lepidoptera: Geometridae) em eucalipto (Myrtaceae) no Mato Grosso do Sul. Selecionar qual melhor hospedeiro de criação, para cada espécie de parasitoide, entre P. elaeisis, T. howardi e T. diatraeae, no intuito de otimizar a técnica de criação desses parasitoides em larga escala, bem como levantar o custo de produção destes eulofídeos. Por fim, promover a liberação inoculativa de P. elaeisis, T. diatraeae e T. howardi, visando diminuir a infestação de e Thyrinteina arnobia (Stoll, 1782) (Lepidoptera: Geometridae) em eucalipto. Para tanto, os bioensaios foram conduzidos no Laboratório de Controle Biológico de Insetos (LECOBIOL) da UFGD e as liberações de parasitoides foram realizadas em plantios comerciais de eucalipto, de silvicultores associados a REFLORE-MS (Associação Sul-Mato-Grossense de produtores e consumidores de florestas plantadas), no Mato Grosso do Sul. No primeiro trabalho, registrou-se o parasitismo natural de pupas de I. panopla, em eucalipto no Mato Grosso do Sul. Pupas de I. panopla foram coletadas naturalmente em plantio comercial de Eucalyptos grandis, em Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul, foram individualizadas, encaminhadas e mantidas em laboratório para averiguar possível emergência de parasitoides ou da mariposa. Após 18 dias, ocorreu a emergência de duas espécies de parasitoides, sendo eles: B. annulata e T. diatraeae, os quais foram avaliados seus aspectos biológicos em condições de laboratório, sendo este o primeiro registro para eucalipto no Brasil. No segundo trabalho, avaliou-se as características biológicas dos parasitoides, T. howardi, T. diatraeae e P. elaeisis, nos hospedeiros Diatraea saccharalis (Fabricius 1794) (Lepidoptera: Crambidae), Anticarsia gemmatalis Hübner, 1818 (Lepidoptera: Noctuidae), Bombyx mori Linnaeus 1758 (Lepidoptera: Bombycidae) e Tenebrio molitor (Linnaeus 1758) (Coleoptera: Tenebrionidae),com a proposta de uma nova metodologia, no intuito de otimizar as criações em grande escala no laboratório. De maneira geral, especificamente com o método utilizado, pupas de D. saccharalis e de A. gemmatalis foram os melhores hospedeiros para a criação dos três parasitoides T. howardi, P. elaeisis e T. diatraeae, com 100% de parasitismo e de emergência em todos. Considerando a metodologia proposta e as características biológicas avaliadas dos parasitoides, o hospedeiro T. molitor é o mais indicado para criação de P. elaeisis. No terceiro trabalho, determinou-se o custo de produção das pupas hospedeiras e dos parasitoides T. howardi, P. elaeisis e T. diatraeae quando criados em diferentes hospedeiros. Foi constatado que as pupas de B. mori e T. molitor foram os hospedeiros de menor custo, sendo adequados para otimizar criações de P. elaeisis e T. howardi, sem afetar a qualidade, por outro lado estes hospedeiros não devem ser utilizados para criações de T. diatraeae, exclusivamente com esta metodologia. Pupas de A. gemmatalis possuem um ótimo custo benefício, sendo adequadas para criar as três espécies de parasitoides, porém apresentou o custo ligeiramente mais elevado. Por fim, foi constatado que pupas de D. saccharalis foram as que tiveram o maior custo de produção, sendo estas adequadas para criação das três espécies de parasitoides. Finalmente foi avaliado a capacidade de P. elaeisis, T. howardi e T. diatraeae reduzirem a população de T. arnobia em plantios de eucalipto, o qual foi comprovado que, de maneira geral as três espécies de parasitoide tiveram bons resultados, os quais P. elaeisis, T. diatraeae e T. howardi parasitam e se desenvolvem em pupas de T. arnobia, sendo T. diatraeae, o parasitoide que apresentou as melhores características biológicas ao ser criado nesse lepidóptero desfolhador em condições de laboratório. Após 15 dias da liberação foi certificado que ocorreu parasitismo de 23,60; 18,00 e 25,10% por fêmeas de P. elaeisis, T. howardi e T. diatraeae, respectivamente nos plantios de eucalipto. Após 30 dias da liberação houve um decréscimo da população de adultos desse lepidóptero e praticamente nulo após 45 dias da liberação, considerando a liberação na quantidade de 15.000 parasitoides de cada espécie separadamente por hectare. Os resultados inéditos obtidos nesta tese, servem de subsídios para programas de controle biológico aplicado de lepidópteros desfolhadores de eucalipto, principalmente I. panopla e T. arnobia, utilizando como agende de manejo os parasitoides P. elaeisis, T. howardi e T. diatraeae. Além, de auxiliar as biofábricas visando otimizar a criação massal dos três principais parasitoides de lepidópteros desfolhadores do eucalipto. |