Ingestão natural de polens por Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae), ingestão de dietas polínicas e seus efeitos na sua biologia em laboratório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Andrade, Kandice de Alencar lattes
Orientador(a): Menezes, Elen de Lima Aguiar lattes
Banca de defesa: Mendonça, Cláudia Barbieri Ferreira, Costa, Renildo Ismael Félix da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade e Biotecnologia Aplicada
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13594
Resumo: Culturas agrícolas e florestais devem estar protegidas das pragas fitófagas, porém, dentro do possível, devem estar livres de agroquímicos sintéticos devido aos seus impactos ecotoxicológicos. Por isso, programas de controle biológico, bioinseticidas e outros métodos de controle, livre de agrotóxicos, vêm sendo aplicados ou estudados cada vez mais para o controle dessas pragas. Nesse contexto, os insetos predadores podem desempenhar um papel fundamental na proteção dessas culturas, visto constituirem agentes de mortalidade biótica de muitas pragas. Assim sendo, torna-se importante o emprego de estratégias que visem a atração e manutenção de inimigos naturais das pragas para os agroecossistemas. A espécie Chrysoperla externa (Hagen) (Neuroptera: Chrysopidae), coloquialmente denominados de crisopídeos, é um inimigo natural que apresenta elevado potencial reprodutivo, grande capacidade de busca de suas presas, voracidade alimentar e facilidade de criação em laboratório, o que os torna um excelente agente de controle. Essa espécie é predadora somente na fase larval e é glicopolinívora na fase adulta, se alimentando de pólen e néctar. Nesse contexto, visando fornecer subsídios para o controle biológico conservativo, o capítulo I teve como objetivos identificar famílias e/ou espécies botânicas provedoras de pólen para adultos de C. externa coletados num agroecossistema diversificado, sob manejo orgânico, e avaliar se há diferença na quantidade de grãos de pólen ingeridos entre machos e fêmeas. Grãos de pólen de 19 famílias de Angiospermae foram ingeridos pelos adultos de C. externa, sendo os polens de Poaceae ingeridos em maior quantidade. As fêmeas de C. externa ingeriram maior quantidade de grãos de pólen do que os machos. Visando fornecer subsídios para o controle biológico aumentativo, objetivou-se, também, avaliar a capacidade de ingestão de grãos de pólen industrial de sorgo-de-alepo [Sorghum halepense (L.) Pers. (Poaceae)] e artemísia [Artemisia tridentata Nutt. (Asteraceae)] por adultos de C. externa e se há preferência entre esses pólens para serem incluídos em dietas artificiais para sua criação em laboratório; bem como avaliar os efeitos da oferta de dietas polínicas sobre caracteres biológicos de adultos de C. externa em condições controladas de laboratório. Os resultados desses estudos estão apresentados no capítulo II. Os grãos de pólen de sorgo e de artemísia foram ingeridos pelos adultos de C. externa e não foi observado preferência entre os pólens das duas espécies botânicas avaliadas. As dietas constituídas por pólen de sorgo não tiveram resultados satisfatórios na longevidade dos adultos e nos caracteres reprodutivos de C. externa, mesmo quando adicionadas de mel.