A Participação dos índios Kaiowá e Guarani como trabalhadores nos ervais da Companhia Matte Larangeira: (1902-1952)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Ferreira, Eva Maria Luiz lattes
Orientador(a): Pereira, Levi Marques lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em História
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/160
Resumo: A presente dissertação trata da participação dos índios Kaiowá e Guarani como trabalhadores nos ervais da Companhia Matte Larangeira, no antigo sul de Mato Grosso. O objetivo é investigar como se deu a participação dessa população nas diversas etapas que o trabalho ervateiro exigia. Para isto, o estudo buscou, no processo de ocupação territorial no sul de Mato Grosso, a presença indígena nas diversas frentes de trabalho que se estabeleciam na região. O trabalho está apoiado em pesquisa bibliográfica, incluindo os trabalhos mais relevantes sobre o tema. Inclui, ainda, a consulta à documentação do SPI, referente aos Postos Indígenas do Sul de Mato Grosso e, também, a um número significativo de relatos feitos por indígenas e não-indígenas, que vivenciaram ou tiveram familiares envolvidos no trabalho com a erva mate. Esses relatos versam, fundamentalmente, sobre a vida dos Kaiowá e Guarani, no período abrangido pelo estudo. Pesquisando o cotidiano nos ervais foi possível constatar que os indígenas fizeram parte do empreendimento ervateiro, com a sua especializada mão-deobra, juntamente com paraguaios, argentinos e outros. Constatou-se que essa participação não atingiu da mesma forma todas as aldeias indígenas. Estabeleceu-se uma relação ao mesmo tempo de exploração e de troca, pois havia muitos produtos que interessavam diretamente aos índios. Em outro momento, o próprio o SPI passou a agenciar o trabalho dos índios para empreiteiros da erva e fazendeiros locais. O estudo identifica, ainda, que a participação indígena nesses eventos foi desapercebida pela produção historiográfica sobre esse período.