Violência, descaso e/ou desconhecimento? a multiplicidade de relações entre o estado (de Mato Grosso do Sul) e os/as ostomizados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Paula, Adriana Aparecida de lattes
Orientador(a): Becker, Simone lattes
Banca de defesa: Oliveira, Esmael Alves de lattes, Guillén Carías, Maria Gabriela lattes, Galhera, Katiuscia Moreno lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Sociologia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4512
Resumo: As pessoas com ostomias/estomias de eliminação são aquelas que realizaram uma cirurgia para mudança do trânsito intestinal e/ou urinário, alterando o modo convencional de realizar as necessidades fisiológicas para então usar uma bolsa coletora de fezes e/ou urina no abdômen. Essas “bolsas” podem ser compradas, fornecidas pelos Planos de Saúde ou pelo Sistema Único de Saúde. Quando acionam o Sistema Único de Saúde para receber esse material, as pessoas ostomizadas esbarram em diferentes obstáculos, como a falta de “bolsinhas” ou “bolsinhas” que não são adequadas à sua ostomia – o que ocasiona danos não somente à saúde física, mas interfere nas relações sociais e qualidade de vida. Além disso, as especificidades dessas pessoas estão diluídas dentro da legislação da Pessoa com Deficiência, já que desde o ano de 2004 os/as ostomizados/as são considerados/as “pessoas com deficiência física”. Mesmo assim, seus direitos continuam sendo violados. Para lutar pela dignidade dos que compartilham esta condição, existem as Associações, que exercem um importante papel na lida com essa nova situação, reivindicando respeito, qualidade de vida e visibilidade destes/destas que, em diferentes situações, são tratados pelo “Estado” como desimportantes, desconhecidos e, quiçá, integralmente atendidos/as mesmo quando não o são. Esta pesquisa objetiva dar visibilidade à esta multiplicidade de relações, mostrando que, mesmo com toda a desimportância conferida a estes sujeitos (assujeitados) – reduzindo as suas necessidades a quaisquer “bolsas” (quando as bolsas existem) - eles/elas produzem a resistência necessária para que se mantenham vivos/as.