Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Maristela Lopes Gonçalves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-23072019-155423/
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Resumo: |
Complicações da pele periestoma são problemas comuns para pessoas com estomas e podem ter um impacto negativo na qualidade de vida do paciente. Manter a pele periestoma saudável é um desafio para os pacientes, seus cuidadores e equipe de enfermagem. O uso de um instrumento adequado para a avaliação dos distúrbios da pele periestoma auxilia os profissionais de saúde a avaliar o efeito de sua assistência no processo de cuidar. O Ostomy Skin Tool (OST) é um instrumento padronizado para avaliar a condição da pele periestoma. Inclui duas seções. A primeira, denominada DET®Score, objetiva descrever a extensão e gravidade dos distúrbios da pele periestoma por meio de três aspectos: Descoloração, Erosão e Tecido com crescimento excessivo. A segunda seção refere-se ao AIM (Assessment, Intervention and Monitoring) Guide for peristomal skin care e baseia-se na categorização dos distúrbios da pele periestoma de acordo com a sua causa. Objetivo: Este estudo teve como objetivo adaptar e validar o instrumento Ostomy Skin Tool para a cultura brasileira, seguindo os métodos propostos por Beaton et al e Ferrer et al. Método: O processo de adaptação cultural incluiu: tradução para o idioma português, por dois tradutores fluentes em português e inglês; avaliação e comparação das traduções com a versão original, por Comitê de juízes (cinco Estomaterapeutas - ET e dois profissionais de saúde com conhecimento de metodologia de adaptação cultural de instrumentos de medida); discussão e síntese das traduções em versão única em português do Brasil; retrotradução, realizada por dois outros tradutores fluentes nos mesmos idiomas; e submissão das versões retrotraduzidas a uma das autoras do instrumento original. A validade de conteúdo foi testada nessa fase, sendo analisada por meio do Índice de Validade de Conteúdo (IVC). Na segunda etapa, analisaram-se as propriedades psicométricas da versão adaptada: confiabilidade interobservadores (avaliação de fotos padronizadas e aplicação clínica), validade de construto convergente (correlacionando gravidade da complicação periestoma com dor) e validade de construto discriminante (segundo tipo de estoma, retração, tempo de cirurgia e demarcação pré-operatória do estoma). A confiabilidade interobservadores foi analisada por meio do teste Linear Weighting Kappa e Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI); a validade convergente, utilizando-se o Coeficiente de Correlação de Pearson e o Teste t-student para análise da validade de construto discriminante. Para a sua consecução, o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da USP (Processo nº 2.444.773/2017) e pelos serviços ambulatoriais especializados onde os dados foram coletados. Resultados: A amostra foi composta por 109 estomizados com complicações na pele periestoma, sendo 59(54,1%) do sexo masculino, 48(44,0%) aposentados, 58(53,2%) com colostomia, 62(56,9%) por câncer colorretal, 65(59,6%) com estomas retraídos e 79(72,5%) com dermatite periestoma associada à umidade. Os IVC totais foram 0,83 para o DET®Score e 0,60 para o Guia AIM. Obtiveram-se confiabilidade leve (K = 0,314) entre as observações dos enfermeiros quando eles avaliaram complicações da pele periestoma usando fotografias padronizadas; e confiabilidade moderada a quase perfeita (K = 0,48-0,93, segundo os domínios) quando os enfermeiros avaliaram os pacientes na prática clínica. A correlação positiva entre o DET®Score e a intensidade de dor e diferenças estatisticamente significantes entre os escores DET® de pacientes com ileostomias e colostomias (p=0,0344) atestaram, respectivamente, as validades convergente e discriminante do instrumento em sua versão adaptada. Conclusão: Este estudo confirmou o OST como o primeiro instrumento adaptado, confiável e válido para aplicação no Brasil. Ele fornecerá uma contribuição valiosa para a avaliação e intervenção da condição de pele periestoma realizada pelos profissionais de saúde em todos os contextos. |