Crianças kaiowá e guarani em uma escola urbana da cidade de Dourados/MS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Morais, Clotildes Martins lattes
Orientador(a): Ramos, Antônio Dari lattes
Banca de defesa: Colman, Rosa Sebastiana lattes, Nascimento, Adir Casaro lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Antropologia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/4128
Resumo: Na cidade de Dourados, Estado de Mato Grosso do Sul, vive uma população indígena que se autodeclara pertencente às etnias Guarani, Kaiowá e Terena. Esses grupos étnicos vivem na Reserva Indígena de Dourados, nas áreas de retomadas e também na zona urbana da cidade. Historicamente construiu-se no contexto social local, intensos conflitos entre não indígenas e indígenas e esses conflitos se refletem também no contexto educacional. Atuando como profissional da educação em escolas urbanas da Rede municipal de Ensino, foi possível perceber que a diferença cultural dos estudantes indígenas representa motivos de inquietações profissionais para os gestores e professores e de conflitos interpessoais para os estudantes indígenas e não indígenas. Neste sentido propomos uma investigação etnográfica sobre o processo de ensino e aprendizagem de crianças Guarani e Kaiowá, inseridas em uma escola urbana, cujo objetivo primordial foi perceber se a diferença cultural dessas crianças representa ou não implicações no seu processo de escolarização. A partir da observação participante no cotidiano escolar procuramos também, refletir sobre as práticas pedagógicas dos professores; perceber a interação social das crianças indígenas com a comunidade escolar interna; evidenciar a lógica de interculturalidade presente no cotidiano escolar e compreender quais os motivos que levam as famílias que vivem nas aldeias a matricular os seus filhos nas escolas urbanas. Com a realização da pesquisa ficaram evidentes diferentes fatores pedagógicos e socioculturais que representam implicações no processo de escolarização das crianças indígenas: condições de vida dos estudantes nas aldeias, dificuldades por eles enfrentadas para chegar à escola, não compreensão da língua portuguesa, falta de interação social nas salas de aulas, metodologias e instrumentos avaliativos utilizados pelos professores, dentre outros.