Expropriação, luta e resistência: a questão camponesa no bairro “Maquininha”, município de Dracena-SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Joviano, Carlos Vitório Martins lattes
Orientador(a): Mizusaki, Márcia Yukari lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/356
Resumo: A ocupação e territorialização do campesinato no município de Dracena, em especial no bairro “Maquininha”, se deu através de frentes de expansão formadas por camponeses posseiros ou proprietários, que praticavam a agricultura de subsistência e por grileiros, companhias colonizadoras e compradores de terras vindos das áreas antigas de plantação de café. O choque dos dois processos e a luta pela terra teve como consequência o desmatamento, a expansão de núcleos urbanos e a formação de pequenas propriedades, na maioria constituída de lavoura de café. Após a década de 1980, a crise do setor cafeeiro, desestimulou muitos camponeses que abandonaram e erradicaram muitos cafezais, desestabilizando e afastando do campo muitos camponeses, que desterritorializados, migraram para a cidade. No início do século XXI, o aumento do uso de álcool como combustível promoveu a reativação e implantação da agroindústria canavieira na região e expandiu a área cultivada com cana-de-açúcar, através da compra e do arrendamento de terras, tornando esse meio de produção cada vez mais concentrado, causando um novo impacto na luta pela terra e na estrutura fundiária do município. Por isso, alguns camponeses na luta pela permanência na terra criaram estratégias de resistência como cultivos alternativos, diversificação da produção, consorciamento de lavouras, melhoria técnica da produção, agregação de valor ao produto e venda direta da produção em mercados e na feira do produtor. Dessa forma, a análise da questão agrária no contexto da mudança da economia cafeeira para a cana-de-açúcar, e os seus efeitos para os camponeses são elementos importantes, sobretudo para compreender a reelaboração de novas formas de permanência e recriação do camponês.