Fundamentos e dinâmicas da produção espacial: aspectos da ampliação do perímetro urbano de Dourados/MS em 2011

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Campos, Bruno Ferreira lattes
Orientador(a): Moretti, Edvaldo Cesar lattes
Banca de defesa: Souza, Adáuto de Oliveira lattes, Matias, Lindon Fonseca lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Grande Dourados
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Geografia
Departamento: Faculdade de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://200.129.209.58:8080/handle/prefix/179
Resumo: Esta dissertação situa-se no campo de análise e do debate acerca dos fundamentos e dinâmicas que produzem o espaço urbano. Seu objetivo principal foi destacar e analisar alguns processos sócioespaciais manifestados a partir da ampliação do perímetro urbano de Dourados/MS, ocorrida no ano de 2011, com a finalidade de desvendar os fenômenos recentes responsáveis pela (re)produção da cidade. Para tal, foi preciso que a argumentação utilizada pelo Executivo Municipal, na defesa de tal proposta, fosse confrontada, no intuito de despir o objeto de investigação de seus artefatos ideológicos. A partir disto, postulados pétreos, como modernização e desenvolvimento, se firmam como tônica principal do discurso delineador das ações que produzem, historicamente, o espaço regional. A propriedade privada da terra, por constituir-se no principal fundamento da produção urbana, aparece como principal responsável pela realização destes postulados enquanto realidade concreta. Sobre a ampliação do perímetro urbano, viu-se que a hegemonia política conferiu legitimidade necessária e ocultou a sintonia entre as medidas tomadas pelo Executivo Municipal e os interesses advindos dos setores que formam e participam do Mercado Imobiliário. Merece destaque os situados no interior do conjunto formado por proprietários fundiários de um lado e as incorporadoras e construtoras de outro, agentes que se firmam como os principais responsáveis pela produção de novas formas urbanas na cidade. A sujeição destes processos à obtenção de altas taxas de lucro nas operações imobiliárias tem produzido efeitos adversos, por exemplo, sobre a provisão habitacional de Interesse Social, que tem sido encarada de forma secundária pela atual política municipal, em razão da prioridade dada à produção das Habitações de Mercado. Outro exemplo também consiste no fenômeno em que, no mesmo tempo-espaço, são ofertadas grandes áreas para realização de “condomínios fechados” ao mesmo tempo em que se verifica a intensificação dos focos de ocupações urbanas informais (in)desejadas.